Senado aprova PNE, que volta para a Câmara

O Senado Federal aprovou ontem o projeto (PLC 103/2012) que estabelece o novo Plano Nacional de Educação (PNE) para um período de dez anos. Ele retoma a proposta original do governo com poucas alterações. O texto, que prevê metas para o período de 2011 a 2020, tramita há três anos no Congresso e ainda terá de voltar à Câmara dos Deputados.
O PNE tem 14 artigos, 21 metas e 177 estratégias que visam, entre outros objetivos, erradicar o analfabetismo e universalizar o atendimento escolar, com o aumento de vagas em creches, ensino médio, profissionalizante e universidades públicas. Além da ampliação do acesso à educação básica e ao ensino especial, preferencialmente nas escolas regulares. O plano ainda prevê a destinação de 10% do produto interno bruto (PIB) para a educação e a qualificação dos professores e dos demais profissionais da área.
Na avaliação do presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional e membro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, deputado Alex Canziani (PTB-PR), o projeto deverá ser votado pela Câmara dos Deputados logo no início de 2014, depois segue para sansão da presidente Dilma, para que as propostas sejam colocadas em prática.
Canziani também apresentou propostas ao projeto. “Vários destaques foram sugeridos. Nós apresentamos alguns que foram acatados pelo relator, como a emenda que cria os Arranjos Educacionais, que são redes de ensino que reúnem municípios para formar um grupo e assim facilitar a viabilização de projetos no Governo Federal.”
Ainda de acordo com o deputado da educação, o PNE tem tudo para dar certo: “Estou seguro de que o plano será uma verdadeira ‘revolução para educação’. Se conseguirmos mesmo aplicar em dez anos 10% do nosso PIB na educação, seguindo as metas do PNE, teremos uma educação de qualidade”, destaca. “Investimento em educação é condição para desenvolvimento econômico e social do país.”
De acordo com a nova redação, em vez de obrigar o governo federal a investir em educação pública, o texto do PNE aprovado no Senado exige investimento público em educação. De um modo geral, a troca de alguns trechos faz com que o Estado pudesse incluir no orçamento da educação verbas de programas que incluem parcerias com entidades privadas.