Professor precisa de reciclagem pela tecnologia

A relação do professor como aluno precisa ser constantemente aperfeiçoada e independe das influências do mundo moderno oferecido pela tecnologia. As novas ferramentas de comunicação, diz o professor gaúcho Max Haetinger, facilita mas não define as boas relações ocorridas dentro da sala de aula.
Haetinger esteve ontem à noite em Londrina para realizar a palestra “Nova Escola, Novo Aluno, Novo Professor e Muitos Desafios”, que aconteceu no Centro de Adoração da Igreja Presbiteriana Central de Londrina, numa promoção da Frente Parlamentar da Educação (FPE) do Congresso Nacional, presidida pelo deputado federal Alex Canziani (PTB), com a correalização da universidade UniFil, Colégio Londrinense/Anglo Londrinense e do Sindicato das Escolas Particulares do Norte do Paraná (Sinepe/NPR). Compareceram professores, diretores de escola, pedagogos e demais educadores de Londrina e região. Haetinger trabalha desde 1984 ministrando cursos sobre temas ligados às áreas da educação, tecnologia, motivação, empreendedorismo, mídias e novas tecnologias.
Para o professor, que já esteve na cidade em agosto do ano passado, a tecnologia facilita “mas não quer dizer que é boa. A melhor pergunta ainda quem faz é a gente, não a máquina”. O poder emocional faz parte da natureza humana e é importante no processo de interação.
Segundo Max Haetinger, é importante os professores fazerem uma reciclagem profissional, ou ter uma formação continuada, diante da oferta das novas tecnologias (smartphones, tablets, internet, redes sociais e outras), de forma que facilitem a sua comunicação com os alunos: “Lá fora essas bugigangas tecnológicas são incorporadas nas aulas, aqui muitas vezes são proibidas. Por que não usar como ferramenta de ensino”? Para ele, o que é preciso é implantar novas relações disciplinares.
A “recapacitação” do professor pode possibilitar o uso da tecnologia de forma atraente. Por outro lado, salienta Haetinger, o próprio estabelecimento de ensino precisa estar em sintonia coma comunidade: “A solução é a escola do tempo presente”.
Os projetos de ensino em tempo integral, por exemplo, precisam oferecer pelo menos seis horas de atividades cognitivas, “não complementando o contraturno com oficinas e depois sair dizendo que tem escola em tempo integral”, destacou o professor gaúcho.