Presidente da Frente da Educação critica queda na qualidade

AssCom Alex Canziani
3 de dezembro de 2013 - 21:01 h

O Brasil &eacute o país em que os alunos mais avançaram em matemática nos últimos nove anos, no entanto segue entre os piores do mundo e a melhoria perdeu força entre 2009 e 2012.

O país ocupa o 58º lugar em matemática, o 55º lugar em leitura e o 59º lugar em ciências em um ranking de 65 países no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), versão 2012, que foi divulgado no começo deste mês. O cenário não &eacute muito diferente do de 2009 (a pesquisa &eacute realizada a cada três anos), quando o país assumiu a 53ª posição em leitura e ciências, e o 57º lugar em matemática.

Segundo especialistas, ao longo da última d&eacutecada o país apresentou avanços que devem ser comemorados, mas que não representaram melhoria expressiva na aprendizagem. O relatório destaca que a pontuação em matemática aumentou em m&eacutedia 4,1 pontos por ano, passando de 356 em 2003 para 391 em 2012. A pontuação em leitura cresceu, desde 2000, a uma m&eacutedia de 1,2 pontos por ano – saindo de um patamar de 396 – e, desde 2006, a pontuação em ciências cresce a uma m&eacutedia de 2,3 pontos por ano, partindo de 390. Nos três casos, no entanto, o país está abaixo da m&eacutedia dos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a maior parte dos estudantes tem conhecimentos básicos nas áreas.

O presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR), não ficou satisfeito com os resultados: “&Eacute uma melhora quase insignificante, assim vamos demorar muito tempo para alcançarmos resultados de excelência na educação. Precisamos de uma mudança profunda no nosso ensino, uma verdadeira revolução. Só assim seremos um país desenvolvido. Não vamos crescer econômica e socialmente sem educação de qualidade”, afirmou.

O deputado da educação aponta alguns caminhos para que o país consiga transformar a educação. “Devemos começar as mudanças estruturais na educação básica, o aluno não pode chegar à universidade com deficiência, sem base.”

De acordo com o parlamentar paranaense, o estudante precisa sair do ensino superior com boa formação para o mercado de trabalho: “Eu vejo que ainda temos muito que trabalhar para conseguirmos mudar a estrutura da nossa educação”, salientou o parlamentar.

O relatório da OCDE afirma que cerca de metade do ganho na m&eacutedia, entre 2003 e 2012, se deve às melhorias socioeconômicas no país. A outra metade coube a melhorias no sistema de ensino.