De acordo com relatório final do Plano Nacional de Educação 2011-2020 (PNE), a previsão de investimento público em educação é de 7,5% do PIB até 2020, mas pode chegar a 8%, considerando o investimento total no setor, o que inclui recursos do Financiamento Estudantil e do Prouni, por exemplo.

Também foi incluída no texto final a previsão de que serão destinados R$ 20 bilhões para a alfabetização nos próximos dez anos. Os membros da Comissão Especial, que analisa o PNE, lembraram que o País tem hoje 28 milhões de analfabetos funcionais – aqueles que sabem ler, mas não compreendem o que leem. Eles ressaltaram ainda que o analfabetismo está concentrado nas Regiões Norte e Nordeste.

Na avaliação do deputado Alex Canziani (PTB-PR), presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional e membro da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o PNE, as mudanças promovidas pela Comissão são relevantes para a melhora do ensino brasileiro. “Foram incluídas muitas demandas de vários parlamentares. Uma questão importante que foi colocada diz respeito à educação especial. As APAES serão preservadas”, salienta o deputado da educação.

Mas a questão polêmica continua sendo o percentual do PIB que será aplicado na educação. “A sociedade civil e especialistas em educação pedem 10%. Vamos chegar a um acordo para que possamos avançar rumo a uma educação de qualidade para todos e consigamos votar o projeto ainda neste semestre”, afirmou o parlamentar paranaense.

Outra meta do PNE considerada importante é triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta. A meta é atingir 2 milhões de matrículas nos próximos 10 anos – metade disso na rede pública.