Pronatec atinge 300 mil matrículas em cursos profissionalizantes

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antonio de Oliveira, avaliou que tem sido satisfatória a evolução do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), instituído em outubro de 2011 em âmbito nacional. Segundo ele, neste ano já foram feitas mais de 300 mil matrículas em cursos profissionalizantes.
Oliveira participou, nesta terça-feira, de audiência na Câmara dos Deputados que discutiu o andamento e os primeiros resultados do programa, aprovado no ano passado pela Câmara. O evento foi realizado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, a pedido do deputado Laercio Oliveira (PR-SE). Também participou o coordenador-Geral do Seguro Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego, Márcio Borges.
A meta do Pronatec para 2012 é atingir 1,6 milhão de matrículas, sendo quase 500 mil em cursos técnicos com 800 horas de duração e 1,1 milhão em cursos de formação inicial e continuada, com um mínimo de 160 horas de aulas. Para a oferta de cursos nas diferentes modalidades, o orçamento para este ano é de R$ 1,7 bilhão.
No total, deverão ser investidos mais de R$ 4 bilhões em todo o programa, o que inclui a expansão da rede de ensino técnico, a reforma de escolas já existentes e investimentos em educação à distância, a contratação de pessoal e parceiras com instituições do Sistema S, como o Senai e o Senac.
O presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR), que foi relator do programa na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, defendeu uma maior divulgação das ações do programa nas regiões beneficiadas. “Precisamos melhorar a divulgação para termos uma adesão maior de matrículas. Isso não está chegando à juventude”, reclamou.
Canziani disse ainda que o programa poderá ter um grande impacto, mas a sociedade ainda não se deu conta de sua importância. “Um dos grandes gargalos do Brasil chama-se falta de mão de obra técnica. Os estrangeiros estão vindo para cá porque há uma demanda de profissionais qualificados no País”, defendeu o deputado da educação.