Dilma lança o Pronacampo. Alex diz que falta estrutura educacional no meio rural

AssCom Alex Canziani
22 de Março de 2012 - 20:41 h

A Presidente Dilma Rousseff lançou nesta semana o Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). O programa tem o objetivo de formar agricultores em universidades e em cursos técnicos para que apliquem os conhecimentos adquiridos em ações para aumentar a produtividade nas pequenas propriedades e garantir a distribuição de renda. “Estamos apostando que essa geração e, sobretudo, que uma outra geração vai se beneficiar com tudo isso, mudando a feição do campo brasileiro, garantindo que ele será um local digno de se morar”, disse a presidente.
O deputado Alex Canziani (PTB-PR), presidente da Frente Parlamentar da Educação e membro da Comissão de Educação da Câmara, destaca as diferenças do programa voltado para educação no campo. “Atualmente o material didático dos programas de educação das cidades é igual ao material do campo. Só que a realidade de ambos é completamente diferente, portanto os programas têm que ser diferentes. O Pronacampo é exclusivo para os alunos da zona rural. Sabemos que no campo a falta de infraestrutura é gritante, há professores com baixa qualificação e consequentemente falta formação profissional para os jovens do campo. Então, o programa do Governo Federal vem de encontro a essas necessidades. Precisamos viabilizar estas metas para mantermos os nossos jovens no campo. &Eacute melhor para o país. No entanto, precisamos dar condições para que estes jovens não migrem para as grandes cidades. E o Pronacampo vai dar este suporte permitindo que as pessoas permaneçam no campo”, destacou o parlamentar paranaense.

O Pronacampo vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para implementação de políticas de ensino voltadas para escolas rurais e de áreas onde vivem quilombolas. O programa está dividido em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas formação de professores educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica e infraestrutura física e tecnológica. As metas estão previstas para o período 2012-2014.

Segundo dados do Ministério da Educação, 23,18% dos que vivem no campo e que têm mais de 15 anos são analfabetos, e 50,95% não concluíram o ensino fundamental.