A empresa Vega Engenharia e Consultoria Ltda., de Curitiba, que iniciou em abril um estudo para avaliação do impacto sócio-econômico, ambiental e financeiro, da eliminação dos conflitos rodoferroviários no município de Apucarana, entregou nesta segunda-feira ao prefeito Valter Pegorer (PMDB), a conclusão das análises.
A solenidade aconteceu no gabinete municipal e contou com a presença de diversas autoridades municipais e do deputado federal Alex Canziani, que conquistou a verba para financiamento do estudo e, em Brasília, luta para a inclusão da obra no orçamento nacional, em um investimento a mé;dio e longo prazo de R$129 milhões.
“Apucarana tem dado passos conscientes nesta questão. A conclusão desta parte té;cnica vai dar agora condições do trabalho político. É um projeto caro, mas viável financeira, ambiental e socialmente tratando, que vai trazer muitos benefícios para a cidade, para a região e para o país”, disse o engenheiro da Vega, Artur Tunes. Ele destacou que os recursos existem e podem ser conquistados junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
Realizado dentro das normas exigidas pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), o estudo apontou a solução definitiva para o problema. “Como resultado chegou-se a conclusão de que o mais viável é; o desvio da linha fé;rrea da cidade, encurtando o trajeto em 12,8 quilômetros”, explicou Tunes. De acordo com ele, essa medida eliminará por completo todos os conflitos urbanos, rodoviários e para pedestres. “O projeto contempla viadutos, passagens de nível e todos os elementos de aprimoramento necessários”, conta.
Pelo diagnóstico, a estação central e o pátio de manobras da Barra Funda, serão transportados para a região do Distrito de Vila Reis. O novo trajeto circundará a cidade, sendo necessário a execução de 10 quilômetros pela região Leste (proximidades da Nortox, passando pelo Parque da Raposa até; a nova estação da Vila Reis) e 15 quilômetros pela região Sul (proximidades do Distrito de Pirapó, passando pelo Contorno Sul até; a Vila Reis). O novo trajeto será praticamente todo em área rural, sendo necessário a desapropriação dos 30 metros correspondentes à faixa de domínio.
O próximo passo agora a ser seguido pelo município é; a contratação do projeto executivo e, posteriormente, a busca dos recursos para a realização das obras. “Amanhã mesmo (hoje) estarei em Brasília, na companhia do deputado Alex Canziani para tentarmos garantir um convênio que possibilite recursos para contratação deste projeto que, como sabemos, també;m não é; barato”, salientou o prefeito Valter Pegorer. Ele destacou o empenho do parlamentar. “O Alex tem sido um ardoroso defensor desta causa em Brasília, com isso esperamos que, uma vez conquistando o convênio, o próximo prefeito possa lançar a licitação já nos primeiros momentos de 2009”, comentou Pegorer.
Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), somente na área urbana existem hoje cerca de 20 quilômetros de trilhos. Em muitos trechos a cidade é; dividida em duas, prejudicando a passagem de veículos e pedestres. “Transportando riquezas, mas gerando riscos de acidentes e segurando a expansão e desenvolvimento da cidade como um todo”, lembra o prefeito.
O deputado federal Alex Canziani disse estar animando. “Tenho a certeza de que com a força da comunidade de Apucarana e com a ajuda do Governo Lula vamos conseguir os recursos para o projeto executivo e, mais para a frente, teremos finalmente a obra que vai mudar a cara de Apucarana”, disse o deputado.
Dentre os presentes no ato de entrega do diagnóstico que visa sanar os conflitos rodoferroviários em Apucarana, també;m esteve o vereador e prefeito eleito, João Carlos de Oliveira. “Sabemos que essa é; uma obra de longo prazo, que vai alé;m da minha gestão, por isso me comprometo desde já, em parceria com o deputado, a dar continuidade a todo este processo que vai acabar com os problemas que tanto prejudicam o desenvolvimento de nossa cidade”, disse Oliveira.
PANORAMA – O primeiro ramal de ferrovia chegou em Apucarana no dia 19 de abril de 1943. Hoje, 65 anos depois, o Município está inserido na rede nacional de ferrovias atravé;s de dois ramais ferroviários, sendo o primeiro com origem em Cianorte, passando por Maringá, Apucarana e Londrina, indo até; a cidade de Ourinhos no Estado de São Paulo, de onde, atravé;s da Estrada de Ferro Sorocabana da FEPASA, faz a ligação com a capital paulista e o Porto de Santos.
O segundo ramal corresponde à chamada Estrada de Ferro Central do Paraná que, de Apucarana demanda a Ponta Grossa. A partir desta última um ramal dirige-se em sentido sul, rumo a Santa Catarina e ao Rio Grande d