Seminário aponta experiências no ensino médio

As experiências bem sucedidas em outros países no que diz respeito ao ensino médio devem ser aproveitadas para enriquecer o sistema educacional brasileiro. É o que pensa o deputado federal Alex Canziani (PTB), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Profissional do Congresso Nacional, que participou nesta segunda-feira do “Seminário Internacional sobre Ensino Médio Diversificado”, realizado em Brasília pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
“Basta a gente ver que os países que deram certo no mundo investiram na educação”, aposta o parlamentar paranaense, que também é membro da comissão. “Vamos colher essas experiências para colocarmos no país.”
No encerramento do seminário, à tarde, o presidente da Comissão, Gastão Vieira (PMDB-MA), afirmou que as contribuições do encontro serão incorporadas ao Plano de Desenvolvimento da Educação. Segundo ele, na parte da manhã o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o governo vai enviar ao Congresso o projeto relativo a esse plano nos próximos dias.
OPÇÕES – Na opinião do professor João Batista de Oliveira, que fez um resumo dos principais pontos do seminário, a política educacional brasileira deve levar em consideração aspectos como a idade dos alunos do ensino médio e a diversificação na oferta de cursos e nas opções de currículos. “Em países como a Alemanha e a Suíça, o público desse nível de ensino tem entre 15 e 16 anos. Com essa idade, apenas 15% dos alunos brasileiros estão nesse estágio”, destacou.
Em todos os países representados no encontro, segundo ele, os currículos não oferecem mais do que sete disciplinas, com possibilidades de o aluno fazer as próprias escolhas. “Isso reflete a sabedoria de entender que, a partir de uma certa idade, se os jovens não tiverem opções simplesmente abandonarão a escola”, justificou Oliveira. No Brasil, ao contrário, enfatiza-se cada vez mais a “educação geral”, com a inclusão de mais disciplinas acadêmicas nos currículos.
(COM AGÊNCIA CÂMARA)