A Praça Nishinomiya estava quase lotada. Era quinta-feira, dia 6, abertura da quinta edição do “Londrina Matsuri”, festa japonesa com muitas atrações que marcou os 99 anos da imigração japonesa ao Brasil. O evento terminou ontem e celebrou os 30 anos de co-irmandade entre Londrina e Nishinomiya, data lembrada com uma exposição especial dentro do próprio evento.

Organizada mais uma vez pelo Grupo Sansey Cultural e Beneficente, a festa deste ano também comemorou os 19 anos do Grupo Sansey e 23 anos da Mity Escola de Karaokê.

Quem também esteve na abertura, à noite, foi o deputado federal Alex Canziani (PTB). No local também estavam a jornalista e empresária Mahoko Kasuya e o presidente da Comissão Paranaense do Imin 100, Luiz Carlos Adati, entre outras autoridades e representantes empresariais e de trabalhadores.

“Eventos do gênero são importantes porque movimenta a cidade e incrementa o turismo local. É uma grande realização que precisa ser incentivada todos os anos”, destacou Canziani, que é presidente da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento do Turismo do Congresso Nacional.

ATRAÇÕES – A abertura foi marcada por uma série de atrações. Um grupo de 20 intercambistas japoneses, provenientes da Universidade Meio, de Okinawa, por exemplo, fez uma apresentação especial da dança “Eissá”, típica da província. A visita dos estudantes fez parte de um programa de intercâmbio entre a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Meio.

Outra grande atração da noite foi a apresentação especial de Yosakoi Soran do Grupo Sansey. O grupo mostrou pela primeira vez ao público de Londrina e região a coreografia com a qual conquistou o tricampeonato brasileiro da dança, superando outras 16 equipes.

Baseada nas quatro estações do ano no Japão, a apresentação deste ano faz referência aos significados e sentimentos despertados a cada estação.

Caravanas e visitantes de outras cidades também compareceram, e a maior surpresa deste ano foi a realização do “nagashi somen” – “macarrão na correnteza” em tradução literal. Trata-se de uma prática tradicional nos festivais japoneses, em que pequenos montes de macarrão japonês descem em uma espécie de esteira (de madeira ou bambu) com água corrente limpa, e cada pessoa precisa “pescar” esse macarrão com seu hashi enquanto ele desce, para poder colocar em seu pote de molho à base de shoyu e saboreá-lo.

Além do local, 50 estandes comerciais e outros 19 gastronômicos estiveram à disposição do público. Mudanças na disposição da pista de dança permitiram que os estandes comerciais e gastronômicos, bem como toda a praça de alimentação, fossem cobertos, proporcionando mais conforto aos visitantes mesmo em caso de chuva.

COMÉRCIO – Além de ter sido uma ótima oportunidade de negócios para os expositores, o Londrina Matsuri favoreceu também o comércio de toda a região próxima à Praça Nishinomiya.

Este ano, o Matsuri apoiou o Centro de Educação Infantil Irmãs de Betânia, APS Down, Casa de Apoio Madre Leônia, Gentil Grupo de Terceira Idade e Hospital do Câncer de Londrina. A ONG Cepeve ficou responsável por recolher todo o lixo reciclável do evento.