Seis municípios estão aptos a receberem UTF

AssCom Alex Canziani
5 de julho de 2007 - 10:03 h

Todos os seis municípios do Paraná incluídos no Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica estão aptos para a disputa pela implantação de uma sede da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O prazo para a entrega das propostas terminou ontem e o resultado deve ser divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em até 60 dias. Aqueles que obtiverem as maiores pontuações receberão as primeiras unidades.

As prefeituras de Foz do Iguaçu, Paranaguá, Paranavaí, Umuarama, Telêmaco Borba e Jacarezinho cumpriram a principal exigência feita para a contemplação do projeto. O item obrigatório inclui a indicação de um terreno com cerca de 50 mil metros quadrados e infra-estrutura básica para a instalação da universidade.

Comissões especiais foram instituídas para a elaboração das propostas e contrapartidas que farão diferença na escolha pelas duas primeiras cidades a serem contempladas com o início das obras já no próximo ano. O plano prevê que outras duas novas escolas sejam construídas a partir de 2009 e as últimas em 2010, concluindo o cronograma estabelecido pelo governo federal. No total, serão 150 novas unidades em todo o país.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Profissional do Congresso Nacional, deputado paranaense Alex Canziani (PTB), demonstrou satisfação com o trabalho apresentado até agora pelas prefeituras: “Os gestores municipais estão entendendo que um dos caminhos para o progresso social passa pelo investimento em educação profissionalizante”.

Canziani foi um dos relatores que transformou o antigo Cefet do Paraná em universidade tecnológica federal, articulou a instalação dos campi de Londrina e Apucarana e apadrinha projetos do campus da UTF em Cornélio Procópio, também no Norte do Estado. A Frente que preside em Brasília conta com o apoio de 120 deputados e senadores.

APORTE – O aporte financeiro que garantirá os beneficiamentos da Universidade Tecnológica Federal é a aposta da maioria das prefeituras na avaliação dos critérios estabelecidos pelo ministério para a prioridade na construção. Os recursos orçamentários próprios serão somados pelas secretarias envolvidas na elaboração dos projetos aos da iniciativa privada e das prefeituras vizinhas, como no caso de Telêmaco Borba. Indústrias que atuam nas regiões escolhidas comprometeram-se com o repasse de equipamentos, maquinários, móveis e veículos, entre outros, para o complemento do complexo universitário. Segundo o coordenador do projeto, Sérgio Ubiratã de Freitas, pelo menos oito municípios da região anunciaram que disponibilizarão o transporte para os alunos.

Em Umuarama, a prefeitura indicou cinco terrenos: dois do município e três de empresas da cidade. Segundo a diretora de Planejamento Governamental, Grace Kelly Martins, cerca de 400 mil habitantes de 32 municípios da região devem ser beneficiados com os cursos.

PRIORIDADES – Na briga pela prioridade, Foz do Iguaçu também conta com a parceria do Parque Tecnológico Itaipu, que dispõe de estrutura para as aulas e laboratórios de pesquisas. “Caso o MEC entenda necessário, os cursos podem ter início antes mesmo da conclusão do prédio, nas instalações montadas na Hidrelétrica de Itaipu, onde já funciona uma das sedes da Universidade Aberta do Brasil”, observou a secretária de Educação, Maria Bernardete Sidor.

A posição estratégica de Paranavaí, na divisa com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e próxima da fronteira com o Paraguai, é apontada como um dos diferenciais. Paranaguá anunciou que a universidade poderá funcionar em um prédio onde seria instalada outra escola técnica. A Secretária de Educação, Elvira do Rocio Bezerra Geraldo, disse que as instalações são adequadas e também contam com equipamentos. O terreno ao lado será usado na ampliação. Consultada pela reportagem, a prefeitura de Jacarezinho preferiu não dar detalhes sobre o projeto.

(GAZETA DO POVO E ASSESSORIA ALEX CANZIANI)