Sucessão em Londrina já mobiliza os partidos

AssCom Alex Canziani
23 de Janeiro de 2007 - 18:25 h

Faltando 21 meses para as eleições municipais, os nomes dos prováveis candidatos à sucessão do prefeito Nedson Micheleti (PT) já estão sendo discutidos por pelo menos cinco dos seis partidos que disputaram os últimos pleitos e que devem lançar candidaturas próprias em Londrina.

Dentro do PT local, despontam três nomes para manter o partido na chefia do Executivo municipal: o deputado federal eleito e presidente estadual da sigla, André Vargas, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o vice-prefeito, Luiz Fernando Pinto Dias.

”Eu sou um dos nomes (para a prefeitura de Londrina). Tenho disposição. Quem não sonha em ser prefeito da cidade? Mas a fase não é de pensar nisso. A eleição é em 2008. Está no horizonte mas não no centro das prioridades políticas de agora”, afirmou Vargas, citando os nomes do ministro e do vice-prefeito como ”boas alternativas”.

No momento, Vargas ainda tem que definir se assume a cadeira na Câmara dos Deputados, ou se aceita o convite do governador Roberto Requião (PMDB) para comandar a secretaria do Trabalho. ”Não tomei essa decisão ainda. Só serei secretário dentro da visão de sustentação do goveno Lula no Paraná.” Caso Vargas assuma a secretaria, a vaga na Câmara fica com o iguaçuense Dito Vitorassi (PT). ”É o mesmo que está no lugar do Paulo Bernardo. Até por conta disso sei que Londrina não deixará de receber atenção.”

A orientação do diretório estadual do PT, é que o partido dispute com candidatos próprios as prefeituras de Londrina, Curitiba, Maringá e Ponta Grossa. ”Não há possibilidade (de abrir mão das candidaturas). O PMDB também deverá ter candidaturas. Deveremos ter um acordo de bom relacionamento para que possamos estar em um segundo turno juntos.”

No partido do governador, a discussão sobre os possíveis candidatos se inicia na próxima semana. ”Em todas as cidades maiores, o PMDB deve lançar candidato próprio. Convocaremos uma reunião com a executiva na sexta-feira e um dos assuntos é exatamente esse”, disse o presidente do diretório municipal, João Mendonça. A expectativa é que o ex-prefeito e deputado estadual eleito, Luiz Eduardo Cheida, dispute a indicação do partido.

Além de Cheida, velhos nomes da política londrinense devem voltar à disputa pela prefeitura em 2008. O ex-prefeito que assume em fevereiro o cargo de deputado estadual Antonio Belinati (PP), já anunciou a disposição em tentar o quarto mandato. O presidente da comissão provisória do PP, vereador Renato Araújo, disse que as eleições de 2008 somente serão debatidas após definida a ”situação” do partido. ”Está uma bagunça total. Enquanto não definir a situação do partido na cidade não falo em nome da sigla”, afirmou. Araújo se reúne com a direção estadual do partido na próxima semana.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB) – que já disputou a prefeitura três vezes – é o ”candidato natural” da legenda. ”Temos um candidato natural que é o Hauly mas a partir de agora vamos iniciar as conversas”, disse o presidente da executiva municipal, Claudemir Molina. A executiva discute a sucessão municipal na próxima semana.

Os deputados federais eleitos Alex Canziani (PTB) e Barbosa Neto (PDT), que se candidataram a prefeito em 2000 e 2004, também deverão disputar o cargo em 2008. ”Não escondo de ninguém que eu gostaria de colocar o meu nome à disposição. Não estou me escondendo do meu mandato, mas é minha obrigação colocar o meu nome à disposição”, afirmou Barbosa, que preside o diretório municipal do PDT. As conversações sobre as eleições se iniciam no dia 10 de fevereiro.

O PTB, que na cidade está sob a direção de Canziani, ainda deve passar por uma reestruturação antes do início das discussões sobre 2008. Perguntado se irá entrar na disputa, Canziani deixou a decisão a encargo do partido. ”A idéia é lançar candidato em Londrina, mas vai depender do partido. Vou participar ativamente das eleições”, disse.

(FOLHA DE LONDRINA)