UTF adia realização do vestibular em Londrina

AssCom Alex Canziani
10 de outubro de 2006 - 18:47 h

O Reitor da Universidade Tecnológica Federal (UTF) do Paraná, Éden Januário Neto, garantiu hoje que a instituição vai adiar a realização do vestibular em Londrina, sem comprometimento do início das aulas para fevereiro de 2007. A decisão foi anunciada em contato telefônico mantido com o prefeito Nedson Micheleti, pela manhã, de adiamento do vestibular para o curso de Tecnologia em Alimentos, até o término da greve dos servidores públicos municipais.

Segundo o Núcleo de Comunicação da Prefeitura, a greve dos servidores tem prejudicado o fechamento do convênio entre a Prefeitura de Londrina e a Fundação do Ensino Técnico de Londrina (Funtel), onde vai funcionar provisoriamente a UTF na cidade, até a construção do campus na estrada dos Pioneiros (região leste). Como o convênio exige procedimentos internos pela Secretaria Municipal de Gestão Pública, o impedimento da entrada de funcionários no prédio da prefeitura, devido à greve, está inviabilizando o processo.

Da mesma forma também está inviabilizado, até o final da greve, o término do processo de compra do terreno na estrada dos Pioneiros, que receberá as futuras instalações da UTF. “Compreendemos que a situação da prefeitura é excepcional e temporária, e que o calendário pode ser adaptado para a realização do vestibular, tão logo seja encerrado o movimento de greve. Assim, essa dificuldade poderá ser rapidamente superada”, afirmou Januário Neto.

Embora a greve dos funcionários prejudique, o local provisório e a doação do terreno do futuro campus poderiam ter sido definidos e firmados pela Prefeitura antes do movimento paredista, uma vez que esses processos já se encontravam em andamento. O próprio prefeito Nedson Micheleti chegou a afirmar, no ano passado, que a doação do terreno seria feita até dezembro daquele ano.

“Há muito anos a comunidade londrinense anseia pela Universidade”, diz o deputado federal Alex Canziani (PTB), um dos articuladores pela implantação da UTF em Londrina. “Desde dezembro do ano passado a Prefeitura fala que está acertando a situação, mas até agora, nada”, salienta o deputado, que conseguiu R$ 14,5 milhões no Orçamento da União deste ano para viabilizar a instituição. “No mesmo dia que foi definida a construção em Londrina também foi definida a instalação de uma unidade em Joinville (Santa Catarina), que já montou o seu curso e já vai começar as aulas.”

ANTES TARDE DO QUE NUNCA – Para o reitor Eden Januário Neto, o funcionamento da UTF em Londrina é uma decisão tomada pelo Governo Federal, que tem a garantia da Prefeitura para as necessidades de instalação. “Faremos uma suspensão temporária do edital do vestibular de Londrina até que a greve seja encerrada. Essa decisão será referendada, amanhã, durante reunião que faremos em Curitiba, do colegiado da Reitoria da UTF-PR”, afirmou Januário Neto.

Para o prefeito Nedson Micheleti, o funcionamento da UTF em Londrina foi garantido pelo governo do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que transformou os antigos Cefets em universidades, garantindo os cursos técnicos de nível superior no País. “No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso os cursos técnicos foram deixados de lado e alguns até fechados. Com o presidente Lula, vamos garantir que Londrina possa oportunizar aos jovens um curso superior gratuito e de qualidade”, afirmou o prefeito.

(COM ASSESSORIA DE IMPRENSA DA PREFEITURA)

LEIA MAIS:
Vestibular corre risco em Londrina