“A lei precisa ser respeitada e os responsáveis tem que ser punidos rigorosamente”. Essa foi a reação do deputado federal Alex Canziani (PTB-PR) diante da invasão da Câmara Federal por integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), ocorrida terça-feira (06) em Brasília. Para ele, o que aconteceu foi um “absurdo”.

Quarta de manhã (07) o parlamentar paranaense ocupou a tribuna do plenário da Casa para condenar a atitude do Movimento e lamentar que o ato tenha provocado muita indignação em todo o país. E foi além: “É a mesma indignação que sentimos quando os produtores nacionais têm suas terras invadidas”.

PREJUÍZO – As ações provocaram prejuízos morais para o processo democrático do país e também consideráveis despesas materiais. Os danos provocados pela invasão do Movimento para Libertação dos Sem Terra somaram R$ 102,6 mil, em uma primeira estimativa divulgada na tarde desta quarta-feira pela Diretoria Geral da Câmara. Esse montante inclui o prejuízo da Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade), que teve um veículo de R$ 20 mil destruído. Não estão contabilizadas, entretanto, as despesas que a Câmara terá com mão-de-obra para recompor o patrimônio danificado.

Os vândalos destruíram quatro terminais de auto-atendimento, cujo custo unitário é de R$ 15 mil, e três microcomputadores, cada um avaliado em R$ 2,8 mil. Foram destruídas portas de vidro blindex orçadas em 4,2 mil no total. Também foram inutilizadas duas câmeras de vídeo de R$ 350 e um monitor de vídeo, de R$ 700.

O ataque danificou objetos de uma exposição do EcoCâmara (núcleo de gestão ambiental da Câmara), com prejuízos avaliados em R$ 6 mil. Além disso, houve danos a um busto de Mário Covas (R$ 1,5 mil); a painéis de madeira (R$ 900); ao forro de gesso que ornamenta o teto do edifício (R$ 150); e em ferragens (R$ 50).

(COM AGÊNCIA CÂMARA)