Paraná demonstra interesse no UAB

AssCom Alex Canziani
18 de Fevereiro de 2006 - 16:49 h

Secretários municipais de educação de Londrina e várias cidades paranaenses demonstraram interesse no programa federal ”Universidade Aberta do Brasil”, criado para levar ensino superior à distância a municípios onde não há faculdades ou cursos suficientes para atender à demanda.

O secretário de Educação à Distância do Ministério da Educação (MEC), Ronaldo Mota, apresentou o programa ontem, em Londrina, a convite do deputado federal Alex Canziani (PTB). Segundo Mota, o projeto deve ser posto em prática ainda este ano, em caráter experimental, em 19 estados brasileiros o Paraná não está incluído.

Para participar, o município interessado precisa montar um pólo de apoio presencial, com laboratórios, biblioteca, recursos tecnológicos e humanos. Nesses espaços, os alunos terão acesso a educação ofertada à distância por instituições públicas de ensino inscritas no programa. ”Hoje, se uma pessoa tem o azar de nascer pobre e em uma região que não tem educação superior, sua chance de ter formação universitária é quase zero. É isso que queremos mudar”, afirmou o secretário do MEC.

”É um ensino totalmente gratuito. As universidades públicas tradicionais cobram pelo material impresso, como é direito delas. Na Universidade Aberta, nem isso é cobrado”, acrescentou. Ele lembrou que apenas 11% dos brasileiros com idade entre 18 e 24 anos frequentam um curso superior, um índice que definiu como ”inaceitável”.

O edital de chamada pública para seleção dos pólos municipais e dos cursos oferecidos por instituições de ensino superior foi publicado no Diário Oficial da União em dezembro do ano passado. Mota ressaltou que o custeio da implantação dos pólos não terá participação da União, mas que os governos estaduais ou consórcios de municípios podem assumi-lo.

O gerente de projetos de Educação à Distância do Banco do Brasil (BB), Antônio Augusto Soares, comentou que por enquanto a instituição está disponibilizando tecnologia e metodologia para o programa, mas que ”pode caminhar para apoio financeiro”. Outras estatais, como os Correios e a Petrobrás, estão colaborando. ”Os municípios que detectarem carências para ingressar no programa podem procurar as estatais para estudar possíveis parcerias”, sugeriu.

A secretária municipal de Educação de Londrina, Carmem Baccaro Sposti, disse que coletou informações sobre o programa e que pretende conversar com o prefeito Nedson Micheleti (PT) sobre a possibilidade de aderir à iniciativa.

(FOLHA DE LONDRINA)