Uma empresa especializada no desenvolvimento de parques temáticos poderá ser contratada para elaborar um projeto técnico e financeiro que viabilize empresarialmente um Centro de Lazer e Turismo em Londrina. E a proposta é instalá-lo onde hoje funciona o complexo esportivo do Estádio do Café e do Autódromo Ayrton Senna (Região Norte).

A idéia foi sugerida na manhã de hoje, no Hotel Sumatra, durante a palestra proferida pelo consultor paulista Alain Baldacci, ex-presidente (2002) da Associação Mundial de Parques Temáticos e Atrações Turísticas e fundador e atual diretor do Sindicato Nacional de Parques e Atrações Turísticas. O evento, promovido pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Turismo, deputado federal Alex Canziani, foi voltado para 14 desportistas, empresários e dirigentes da área de turismo da cidade.

Um centro de lazer, dentro do conceito turístico, pode atrair investimentos empresariais e incrementar a geração de empregos, renda, divisas e arrecadação fiscal. “É a indústria do futuro. Existem no mundo muitas cidades bem menores e numa posição geográfica inferior a de Londrina que exploram eficientemente o turismo, o que enriquece e leva desenvolvimento sócio-econômico para seus municípios”, salientou Baldacci.

POTENCIAL – Londrina tem um grande potencial para este tipo de empreendimento porque está numa área de influência de 4,5 milhões de habitantes e tem uma taxa de crescimento de 1,8%, segundo o IBGE. Somente na sua Região Metropolitana residem 663 mil habitantes, e o PIB per capita é de R$ 4.907,54, conforme os dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “São números interessantes”, avalia o consultor, que apresentou tais dados.

Segundo Baldacci, a indústria global do entretenimento cresce 6,3% ao ano. Somente os empreendimentos ligados à Associação Mundial do setor somam 5.550 parques e atrações em 102 países.

A proposta, a ser conduzida pelo deputado Canziani, é primeiramente levantar os custos para o projeto técnico. Em seguida, o parlamentar pretende gestionar no Ministério do Turismo para viabilizar pelo menos parte dos recursos necessários à sua elaboração. “O poder público também precisa comprar a idéia”, salientou, porém, o empresário e diretor da Associação Comercial (Acil), Nivaldo Benvenho, elogiando a iniciativa mas salientando que a Prefeitura também deveria se interessar pela causa para que o projeto realmente saísse do papel e vingasse. Por sua vez, o desportista Beto Borghesi acrescentou: “O povo também precisa entender e apoiar o projeto”.

INICIATIVA PRIVADA – Inicialmente, se o projeto fosse efetivamente levado para o complexo esportivo do Estádio do Café, a Prefeitura teria que estudar uma forma de viabilizá-lo ou, o que seria mais apropriado, concedê-lo para a iniciativa privada.

A proposta foi bem aceita pelos demais participantes do evento. Publicamente, o vice-presidente da Acil, Rúbens Benedito, lembrou que a proposta de criar o Centro de Lazer e Turismo em Londrina não é nova já havia sido defendida por Canziani durante a campanha eleitoral de 2004: “Vejo que ele continua falando, e como londrinense acho isso muito bom porque mostra que ele acredita no projeto”, elogiou o diretor.