Galpões do IBC não vão mais abrigar UTF

O terreno com os galpões do Instituto Brasileiro do Café (IBC), na Zona Leste de Londrina, não será mais usado para a implantação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTF), o novo modelo dos antigos Cefets (Centros Federais de Tecnologia). Em reunião ontem em Curitiba, o vice-prefeito Luiz Fernando Pinto Dias e o deputado federal Alex Canziani (PTB) ouviram dos técnicos responsáveis pelo projeto, após apresentarem as plantas do local, que o IBC não é adequado porque não permitiria a expansão da estrutura, caso necessário. O prédio do IBC foi vistoriado pelo prefeito Nedson Micheleti e pelo deputado no sábado, mas agora está descartado. O governo federal deve implantar 25 UFTs no país.
“Apresentamos a planta, porém o pessoal fez essa ponderação”, afirmou o vice-prefeito, destacado por Nedson para cuidar do assunto. Segundo Pinto Dias, os técnicos responsáveis opinaram que a área para abrigar a nova universidade deve ser maior que os 50 mil metros quadrados do terreno. “Temos outras quatro opções para oferecermos”, afirmou o vice. A área preferível deve ser sem construções, segundo o combinado na reunião.
Ontem, o reitor da universidade, Éden Januário Netto, anunciou também a liberação de R$ 2,7 milhões pela Comissão de Educação do Senado para dar o pontapé no projeto de instalação da unidade em Londrina. Além do dinheiro já garantido, uma outra emenda de bancada, cujo valor ainda não foi definido, deve ser aprovada, de acordo com o vice-prefeito. Segundo ele, os técnicos do governo federal planejam a inauguração da estrutura apenas em 2007, mas os representantes de Londrina crêem que, ainda no segundo semestre do ano que vem, já será possível receber os alunos.
CARGOS – Para começar a UFT serão necessários 40 docentes e 105 auxiliares técnico-administrativos. Mas a aprovação dos cargos federais só pode ser feita pelo Congresso Nacional. “Vamos oferecer um espaço inicial, por dois anos, para começar. O importante mesmo é a aprovação dos cargos pelo Congresso”, avalia Pinto Dias, para quem o projeto “caminha a passos largos”. Ainda esta semana o vice-prefeito deve se reunir com representantes do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia para que apontem quais seriam os cursos mais necessários à Cidade. “Temos que olhar a nossa vocação e escolher os cursos corretos”, apontou.
“Nada mais pode impedir Londrina de ter a UTF”, afirmou o deputado federal Alex Canziani. Para apressar a provação dos cargos para a nova universidade, o parlamentar deve contatar, ainda esta semana, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo (PT). O deputado também pretende averiguar se há algum projeto do Ministério da Educação em tramitação no Congresso para que uma emenda permita a criação dos cargos de docentes e técnicos para Londrina. “É uma maneira de agilizarmos a tramitação política no Congresso”, afirmou. A expectativa, somado o dinheiro já disponível, é que a UFT tenha pelo menos R$ 10 milhões para as primeiras obras.
(JORNAL DE LONDRINA)