Consórcio pode viabilizar escolas móveis

AssCom Alex Canziani
16 de setembro de 2005 - 16:33 h

A criação de consórcios intermunicipais é a nova saída para se obter recursos federais, e uma das áreas que podem ser beneficiadas é a da educação profissional. Para explicar como, o administrador de empresas e consultor em Inclusão Social,  Ciência & Tecnologia e Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, o amazonense Ruy Barbosa Corrêa, estará em Londrina na próxima segunda-feira (19) para apresentar os procedimentos e instrumentos legais para a formação do consórcio, e especificamente tratar de um que estaria voltado, em princípio, para o projeto “Escolas Móveis de Profissionalização”, idealizado pelo presidente da Frente Parlamentar para a Educação Profissional do Congresso Nacional, deputado federal Alex Canziani (PTB). Para o encontro, às 14 horas, no Hotel Sumatra, estão sendo convidados prefeitos e secretários municipais da região.

TODOS JUNTOS – “A forma associativa de consórcios intermunicipais tem dado bons resultados em muitas regiões do país, pois somando esforços, recursos materiais e humanos de um grupo de municípios, é possível viabilizar a execução de tarefas da mais alta importância em distintos campos de atividades”, destaca Canziani, lembrando áreas como gestão ambiental, desenvolvimento sustentável, combate à pobreza e inclusão social.

Experiências de consolidação têm demonstrado a importância cada vez maior das microrregiões como fóruns de discussão para desfazer conflitos e estimular negociações, parcerias e acordos em torno de necessidades comuns e interesses concorrentes.

VEÍCULOS ESPECIAIS – No caso do projeto “Escolas Móveis de Profissionalização”, o deputado Canziani já está prevendo, para ainda este ano, a inclusão de uma emenda parlamentar de R$ 1,5 milhão, junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para a aquisição de três carretas especiais (padrão motor-home) que seriam destinadas ao consórcio, já denominado de “Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Social do Norte do Paraná (Cidenpa)”.

De acordo com o projeto original, os veículos, que podem ter em média 14 metros de comprimento, 4,5 altura e 3,5 de largura, ofereceriam cursos profissionalizantes diferenciados e específicos para cada município participante, obedecendo um rodízio que os próprios municípios definiriam. As oficinas seriam voltadas, em princípio, para a capacitação tecnológica nas áreas de moda, informática e turismo e inclusão social. O oferecimento dos cursos e as ementas das aulas deverão ser providenciados pelos municípios, que para isso poderão firmar convênios com instituições afins.

FLEXIBILIDADE – Oferecer cursos profissionalizantes em carretas não é novidade no Brasil. Em São Paulo a proposta já é bastante comum, como a realizada pelo Senai. Atualmente aquela escola tem 65 veículos adaptados, e há 32 anos atua no segmento.

Os veículos são ambientes de ensino sobre rodas que se deslocam e atendem às demandas específicas de cada região. Uma das vantagens é o baixo custo e a flexibilização operacional, permitindo a estruturação de programas compatíveis com o nível de qualificação de mão-de-obra.

Um desses veículos já esteve no Norte do Paraná, no mês de abril, para uma apresentação especial (v. foto). Durante uma semana ele ficou exposto na cidade de Bela Vista do Paraíso para visitação pública e de autoridades municipais da região. #