Jovens da região serão treinados

Setecentos jovens carentes de Londrina, Arapongas e Apucarana, atendidos por entidades assistenciais, serão treinados para ingressarem no mercado de trabalho. A oportunidade surgiu com o Consórcio Social da Juventude, que faz parte do Programa Primeiro Emprego, de iniciativa do governo federal. O consórcio ainda não está estabelecido, mas a expectativa é que o recurso para viabilizar a implantação do projeto seja liberado nos próximos meses.
Na semana passada, ele foi apresentado a entidades da região durante audiência pública realizada na Câmara Municipal e as instituições interessadas em participar deverão se cadastrar na Delegacia Regional do Trabalho. São elas que darão o primeiro passo para que os jovens tenham acesso ao mercado de trabalho e a uma vida mais digna.
Às entidades incluídas no projeto caberá a tarefa de identificar as necessidades do mercado e encaminhar os jovens a cursos de capacitação em atividades onde há demanda de mão-de-obra qualificada. “Os cursos a serem ofertados irão depender da cadeia produtiva de cada região. Em Arapongas, por exemplo, eles poderão ser treinados para atuarem na indústria moveleira”, disse o delegado regional do Trabalho em Curitiba, Geraldo Serathiuk.
Para integrar o consórcio, os jovens devem ter entre 16 e 24 anos, renda familiar de cerca de meio salário mínimo e nunca ter trabalhado. Serão priorizados aqueles que estiverem em condições adversas, como dependentes de drogas ou em conflito com a lei. Durante os seis meses em que participarem dos cursos, os 700 jovens receberão uma bolsa no valor de R$ 100, mais auxílio transporte e alimentação. Em Londrina, serão capacitados 400 pessoas e os 300 restantes serão divididos entre Arapongas e Apucarana.
Os cursos serão ministrados pela Fundação do Ensino Técnico de Londrina (Funtel), designada como entidade âncora do consórcio e onde funcionará a sede do programa. A fundação receberá um aporte de recursos para realizar as contratações dos instrutores. A previsão é de que o governo federal libere cerca de R$ 3 milhões em recursos para o programa.
Para atuar neste segmento, a Funtel contou com o apoio do deputado federal Alex Canziani (PTB), que inclusive gestionou junto ao então ministro do Trabalho Ricardo Berzoini.
O programa ainda não tem data para começar, mas a expectativa é de que os recursos sejam remetidos à Funtel ainda neste mês. “Faremos reformulações no projeto e deveremos encaminhá-lo ao governo federal nas próximas duas semanas. Daí é só aguardar a liberação dos recursos para darmos início ao programa”, disse o superintendente da Funtel, Moisés Betoni. (Com Jornal de Londrina)