País perde R$ 40 bi com asfalto estragado

O Brasil perde R$ 40 bilhões por ano por causa do mau estado de conservação das estradas. O estupendo valor foi levantado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e é divulgado pela Petrobras Distribuidora, que atua também no segmento de pavimentação asfáltica. Outro dado apresentado pela estatal é que 80% das estradas brasileiras são municipais (muitas delas vicinais, utilizadas principalmente para escoamento da produção agrícola), e apenas 2% delas são pavimentadas. No todo, o Brasil tem 165 mil quilômetros lineares de estradas pavimentadas. Os números foram expostos pelo gerente de Serviços e Relacionamento com Grandes Clientes da Petrobras, Luiz Alberto Rogoginski, do Rio de Janeiro (RJ), que esteve esta sexta-feira em Londrina, a convite do deputado federal Alex Canziani (PTB), para participar de um encontro com prefeitos e técnicos municipais daquela região. No encontro, foram apresentadas as alternativas da estatal para o recapeamento de asfalto de vias públicas municipais utilizando as mais modernas tecnologias existentes no setor. A palestra de Rogoginski foi bastante elucidativa, e comprovou que a utilização das matérias-primas de pavimentações é frutos de muitas pesquisas científicas. Um dos segredos, ensina o executivo da empresa, é realizar,por exemplo, uma boa base para o asfaltamento: “O patrimônio asfáltico é a base, não a camada asfáltica que vai por cima”. De um modo geral, dependendo do processo de asfaltamento utilizado, uma via pode permanecer em bom estado de conservação por cerca de dez anos, sem que seja preciso realizar qualquer trabalho intensivo de manutenção, o que resulta em economia para os cofres públicos. Ao final do encontro, que reuniu 75 pessoas, entre 19 prefeitos, secretários municipais e técnicos da área de 37 municípios, o deputado Alex Canziani propôs que executivos da Petrobras realizem visitas técnicas em pelo menos dez municípios da região para aprofundar as propostas. Viabilizando as visitas e os estudos preliminares, as prefeituras interessadas deverão proceder os contratos para a execução das obras obedecendo a Lei de Licitações.