Inovação nas aulas é incontestável, diz Google

AssCom Alex Canziani
21 de junho de 2017 - 17:26 h

O diretor para a América Latina da “Google for Education”, Rodrigo Pimentel, disse hoje, na Câmara dos Deputados, aquilo que ninguém mais contesta: que inovações tecnológicas em sala de aula podem ajudar a melhorar o interesse e o desempenho dos alunos na escola. Segundo ele, porém, é necessário, antes, discutir o papel da tecnologia na aprendizagem tendo como premissa o olhar do aluno e as habilidades que serão exigidas dos futuros profissionais e cidadãos.

Pimentel falou durante o ciclo de palestras “Educação em Debate”, promovido pela Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional com o apoio da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e da TV Câmara.

Há nove anos, a Google começou a desenvolver plataformas tecnológicas e equipamentos para servir de ferramentas a professores e alunos. “A iniciativa foi para atender à demanda de professores que se diziam desafiados por alunos que chegavam com respostas prontas do Google. Começamos, então, a desenvolver ferramentas leves e gratuitas para tornar a sala de aula mais interessante”, lembrou.

DESAFIO – Pimentel reconhece que as novas tecnologias representam um grande desafio para profissionais de Ensino. “A escola quer e precisa ser inovadora, mas não sabe como. Os números oficiais indicam que 50% dos alunos brasileiros desistem de estudar antes de terminar o Ensino Médio. Eles chegam nessa fase da aprendizagem completamente perdidos. Apesar da crise, da falta de recursos, não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para resolver os problemas agora”, sustentou o executivo da Google.

Para ele, a motivação dos alunos tem impacto direto na capacidade de retenção. “No lugar do sábio no palco, o aluno precisa é de um guia ao lado. Esse é o modelo”, sugeriu. Ele deu como exemplos de sucesso na aplicação das tecnologias oferecidas pelo Google o Centro Universitário Tiradentes, em Alagoas, e o Centro Universitário de Excelência (Eniac), em Guarulhos (SP).

FERRAMENTAS DE COLABORAÇÃO – Pimentel explicou que as ferramentas do Google são completamente gratuitas: “É só baixar na Internet, mas precisa saber o que se quer para saber como usar”. A Google for Education disponibiliza gratuitamente um pacote de ferramentas para colaboração em sala de aula – Classroom, Gmail, Google Drive, Calendar, Vault, Docs, Sheets, Forms, Slides e Sites.

Com 20 milhões de usuários no Mundo, o Google Classroom (ou Google Sala de Aula) foi criado com professores e alunos para facilitar a comunicação da turma, acompanhar o progresso dos alunos e permitir que professores e alunos atinjam resultados melhores juntos. A ferramenta funciona como uma central de controle de turmas, que distribui tarefas e envia avaliação.

EXPEDIÇÕES VIRTUAIS – Outra plataforma gratuita disponibilizada é o “Expedições”, já usada por dois milhões de estudantes. Com o Google Expeditions, os professores podem levar os alunos em viagens virtuais e imersivas. Ele permite que o professor seja um “guia” para mostrar aos alunos coleções de imagens em 360° em 3D, destacando pontos de interesse diversos, como Machu Picchu, Antártida, Estação Espacial Internacional, recifes de corais ou a superfície de Marte. Sucesso também no Mundo, com dois bilhões de usuários finais, é o aplicativo Cloud Platform, com o qual desenvolvedores podem criar, testar e implantar aplicativos na infraestrutura do Google.

A empresa desenvolveu também tablets dirigidos para uso em sala de aula. São os Chromebooks, dispositivos criados para reduzir o custo total de propriedade e que custam a partir de US$ 219. Os alunos podem compartilhar um único dispositivo e ter uma experiência personalizada. É possível fazer a configuração em minutos e gerenciar 10 ou 10 dispositivos de forma centralizada em uma escola, um distrito ou uma região.

MATEMÁTICA – O presidente da Frente da Educação, deputado Alex Canziani (PTB-PR), propôs estimular o Ensino da Matemática usando os aplicativos da Google For Education. E lançou um desafio – fazer chegar as Olimpíadas de Matemática para os alunos do 5° ano Ensino Fundamental, como forma de envolver as escolas municipais.

O deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) questionou o uso de livros didáticos em papel, que levam ao desperdício de recursos públicos, já que muitas vezes perdem rapidamente a atualidade dos conteúdos e são descartados.

Já o deputado Angelim (PT-AC) considerou a palestra desafiadora e criticou o conformismo dos agentes públicos com as dificuldades enfrentadas. Também presente na palestra, a deputada Pollyana Gama (PPS-SP) lembrou que, como professora, sempre se sentiu desafiada pelas novas tecnologias. “Diante do novo, há um sentimento natural de insegurança entre os profissionais. Com essas novas ferramentas surgirá necessidade de se enfrentar essas dúvidas”, concluiu.

Clique aqui e assista à palestra na íntegra.

Veja e baixe a apresentação feita por Rodrigo.

Foto de Alex Ferreira/Câmara dos Deputados