Alex quer que MEC aprove PEC das especializações

“Há um longo caminho ainda a percorrer para alcançarmos o Ensino de qualidade. Nos acostumamos a aceitar o razoável como sendo ótimo, mas o fato é que não podemos continuar convivendo com situações dramáticas em que as crianças mais pobres do nosso país não têm acesso às condições mínimas de aprendizagem”, defende o ministro.
A afirmação foi feita durante encontro promovido hoje de manhã, em Brasília, pela Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, que reuniu dezenas de parlamentares, autoridades do governo e representantes de diversas entidades. Além do ministro da Educação, o ministro da Saúde, Ricardo Barros; e o presidente da Comissão de Educação da Câmara, Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), prestigiaram o encontro.
APOIO – O objetivo era discutir as prioridades para atuação do colegiado e o lançamento da edição 2016 do ciclo de palestras “Educação em Debate”, promovido pela FPE.
O presidente da Frente, deputado Alex Canziani (PTB-PR), prometeu apoio parlamentar ao governo e pediu ajuda do governo para aprovar a PEC 395/14, que autoriza as universidades públicas a cobrarem por cursos de especialização profissionalizantes. A matéria já foi aprovada em primeiro turno na Câmara.
Canziani sugeriu também que o MEC dê sinal verde para que o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) inclua os alunos das escolas privadas na olimpíada brasileira que hoje é promovida exclusivamente para estudantes dos estabelecimentos públicos. “Seria um incentivo à revelação de novos talentos num campo fundamental para o nosso desenvolvimento tecnológico”, ressaltou o deputado da Educação. Hoje é realizada a “Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas”.
SAÚDE NA ESCOLA – O ministro Ricardo Barros, da Saúde, defendeu que a escola seja um lugar de saúde, ao propor parcerias entre os dois setores do governo. Ele propôs ainda alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente. “O ECA só estipula direitos dos jovens, precisamos incluir deveres, como respeitar sua escola, os colegas e os professores”.
O vice-presidente da Comissão de Educação, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), cobrou prioridade do governo para o Ensino Fundamental. “Não podemos gastar mais com Fies que com ensino fundamental. Nossas crianças precisam aprender a ler, interpretar, dominar as operações básicas”, sustentou.
O senador Pedro Chaves (PSC-MS) sugeriu pensar novas alternativas para ampliar os alunos que chegam ao Ensino Superior. “Precisamos fazer um grande esforço para melhorar o Ensino Fundamental, pois já gastamos 130 bilhões de reais e continuamos com 2,8 milhões de crianças e adolescentes, entre 4 e 17 anos, estão fora da escola”, denunciou.
PRESENÇAS – O segundo escalão do MEC compareceu em peso ao evento promovido pela Frente da Educação. Estiveram presentes, entre outros, a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de castro; a secretária de Articulação com os Sistemas de Ensino, Regina de Assis; o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva; o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marcos Antonio Viegas Filho; a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ivana de Siqueira; o secretário da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Maurício Eliseu Costa Romão; o secretário de Educação Superior, Paulo Baron a presidente do Inep, Maria Inês Fini; o diretor de Educação à Distância da Capes, Jean Marc Mutzig; e o diretor de Programas e Bolsas no País, Geraldo Nunes.
Também prestigiaram o encontro o diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Luis Roberto Antonik; o diretor de relações institucionais da Confederação Nacional do Comércio, Roberto Veloso; o diretor-geral do SESC, Carlos Artexes Simões; e o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Marcelo Bender Machado.
Vários reitores marcaram presença: o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Carlos Luciano Sant’ana Vargas; o reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (PR), Aldo Nelson Bona; além dos reitores dos institutos federais de Minas Gerais, de Goiás, do Norte de Minas Gerais, de Brasília, Fluminense, Sul de Minas, Rio Grande do Sul, Sudoeste de Minas e Rio de Janeiro.