Meditação reduz violência e estresse entre alunos

O neurocientistas Alarik e Cynthia Arenander apresentaram hoje em Brasília, na Câmara dos Deputados, resultados de pesquisas que comprovam os benefícios da meditação transcendental nos processos de aprendizagem. Os dois têm realizado pesquisas pioneiras em universidades americanas sobre o funcionamento cerebral, e descobriram o potencial da meditação para melhorar o desempenho acadêmico, reduzir o estresse e a violência nas escolas.
Alarik explicou que a simples prática de meditar duas vezes ao dia permite a qualquer pessoa harmonizar as ondas cerebrais, com efeitos extraordinários no aumento da capacidade intelectual e equilíbrio emocional. “Os benefícios da meditação para a educação são evidentes: menos violência e drogas nas escolas, aumento da tolerância entre os alunos, aumento da inteligência e criatividade, menos estresse e depressão”, elencou o pesquisador americano.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Estudantes norte-americanos que participam de programas de meditação nas escolas tiveram melhoria de 10% nas notas das provas e aumentaram sua criatividade, além da redução nos índices de alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (DTAH, em inglês). Em algumas escolas verificaram redução de 86% em suspensões e de 40% em sofrimento psíquico, incluindo estresse, ansiedade e depressão.
Por causa desses resultados, ampliou-se o apoio oficial à implantação da meditação em escolas, e em países como os Estados Unidos, Inglaterra e México são milhares de alunos praticando.
“Nos Estados Unidos, a maior parte das escolas melhor ranqueadas está promovendo a meditação transcendental, especialmente as escolas do interior. No México, 50 mil estudantes estão praticando meditação em espaços do governo e na Inglaterra o governo está pagando escolas Maharish para estudantes meditarem”, lembrou Cynthia Arenander.
PROJETOS PILOTOS – O presidente da Frente Parlamentar da Educação no Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR), anunciou que pretende levar a experiência para algumas escolas do Paraná e do DF como projetos pilotos de meditação. A expectativa é poder replicados no futuro em todo o país.
Durante a apresentação, que fez parte do ciclo de conferências “Educação em Debate”, promovido pela Frente e pela Comissão de Educação, os pesquisadores fizeram uma demonstração eletroencefalográfica ao vivo, mostrando como o funcionamento cerebral pode se desenvolver a partir da meditação, com repercussões na educação, criatividade e bem estar.
CÉREBRO – Desde 1999 Alarik é diretor do Iowa’s Brain Research Institute, em Fairfield (Iowa). Sua pesquisa é focada principalmente no desenvolvimento do cérebro, sobre a relação do cérebro e a consciência e o papel do ambiente e da experiência no aproveitamento do pleno potencial da neuroplasticidade para maximizar o potencial criativo e o bem-estar.
Já Cynthia Arenander foi diretora da Maharishi Vedic University, em San Diego (Califórnia) e professora associada na Maharishi University of Management. Ela tem desenvolvido cursos sobre o cérebro feminino e apresentado, em vários países, diversos cursos sobre a dinâmica baseada na consciência, incluindo o modelo da fisiologia védica.
Veja aqui a íntegra a palestra.