Novas cidades integrarão consórcio do asfalto

AssCom Alex Canziani
22 de Maio de 2015 - 13:22 h

A pavimentação asfáltica das vias urbanas é um dos grandes dramas vividos pelas prefeituras da região, que sofrem principalmente com o alto custo da sua manutenção. Para amenizar o problema, onze municípios da região de Astorga (PR) uniram-se em torno de um consórcio que deu tão certo que agora deverá ser ampliado. Estima-se o ingresso de mais 30 municípios.

Uma reunião reservada realizada hoje de manhã no Iapar de Londrina, com prefeitos e representantes municipais interessados na adesão, deu o pontapé inicial para a ampliação do bem-sucedido Consórcio Intermunicipal de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano da Região de Astorga (Cindast).

O serviço de pavimentação da associação, oferecido na forma de rodízio entre as cidades proponentes, começou a ser realizado em dezembro do ano passado com o início das operações de uma usina de micropavimento asfáltico – veículo móvel especial, novo (foto), adquirido pelo Cindast com recursos federais viabilizados por meio do deputado federal Alex Canziani e do senador Álvaro Dias, no valor de R$ 1 milhão. A formação do consórcio para atender à constante necessidade regional se deu por meio de uma sugestão de Canziani.

CRONOGRAMA – O Cindast já remodelou vias em Astorga, Paranacity, Colorado, Miraselva e Jaguapitã, agora está terminando o serviço em Santa Fé e depois segue para Prado Ferreira e Centenário do Sul. O cronograma mostra ainda que em breve a usina será deslocada também para Nova Esperança e Munhoz de Melo.

O veículo do Cindast opera apenas em vias já pavimentadas, mas que precisam ser recuperadas. A base precisa ser nivelada, limpa e lavada, e árvores das calçadas laterais precisam ser podadas, se for o caso, para que o serviço seja concluído com qualidade. Segundo o presidente do consórcio, Arquimedes ‘Bega’ Ziroldo, prefeito de Astorga, o custo da sobreposição da nova capa de pavimentação é bem menor se comparado com o realizado por empresas privadas contratadas pelos municípios através de uma licitação convencional.

CUSTO REDUZIDO – O problema do alto custo está principalmente nos insumos. Uma das mais importantes matérias-primas da mistura para a formação da massa a ser aplicada sobre a base da via é a emulsão (líquido de coloração marrom-escuro), que custa entre R$ 2,40 e R$ 2,60 o litro: “Quero ver se com o consórcio a gente consegue reduzir este custo para algo em torno de R$ 1,90”, espera o presidente da entidade.

No final das contas, o metro quadrado pavimentado por meio do consórcio sai por até R$ 5,50 (duas camadas), enquanto que se fosse no mercado convencional sairia por cerca de R$ 12,00 (e apenas para uma camada). “Chegamos a reduzir em cinco vezes o custo operacional do serviço”, explica o prefeito de Astorga.

Hoje, a máquina do consórcio pode atender bem a demanda de até 12 municípios, considerando que o equipamento pode cobrir até 4 mil metros quadrados de asfalto por dia. “Para nós, a experiência [do serviço de asfaltamento] está sendo um aprendizado, mas estamos indo bem e muito empolgados”, comemora Bega, mencionando inclusive a contratação de operadores da usina especializados.

As vantagens oferecidas pelo sistema de consórcio vão possibilitar à associação de municípios a locação de mais uma usina do gênero, para dar conta do ingresso de novos municípios e da crescente demanda da região, a aquisição de um caminhão-pipa e de uma ousada usina para Tratamento Superficial Triplo (TST), para a pavimentação de vias novas.

MAIS VERBAS – Os recursos para a aquisição dos novos equipamentos virão do orçamento da União, através de novas emendas parlamentares de Canziani e Dias. De acordo com Arquimedes Ziroldo, já foram conveniados R$ 400 mil através do deputado (para a aquisição de insumos) e R$ 333 mil por meio do senador (compra de equipamentos). Outros R$ 2 milhões deverão ser incluídos por Alex Canziani no orçamento, e mais R$ 700 mil por Álvaro Dias.