Estudante precisa ir para fora para aprender mais

A internacionalização do ensino superior e os programas em execução que criam condições para a globalização da educação são dois dos principais temas em debate nos meios educacionais do país, inclusive na Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, que neste dia 19 tratou do tema “Internacionalização das Universidades Brasileiras”, com o professor Heitor Gurgulino, presidente da Academia Mundial de Arte e Ciência. O professor participou de mais uma etapa do ciclo de palestras “Educação em Debate”, promovido regularmente pela FPE.
“O programa Ciência sem Fronteira é um forte aliado para acelerarmos a internacionalização da educação superior. Os cursos a distância também fortalecem a globalização da educação”, destacou o professor. Gurgulino também aponta outras formas de estimular a troca de experiências na área: “Temos que incentivar o intercâmbio não só de alunos, mas de professores e pesquisadores também. Precisamos ainda criar condições para trazer mais professores de fora”, reiterou o professor, que também é secretário-geral Emérito da Associação Internacional de Reitores de Universidades e foi reitor da Universidade das Nações Unidas, em Tóquio. Ele também é bacharel e licenciado em Matemática pela Universidade Mackenzie, e Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado da Califórnia, nos EUA, e da Universidade Autônoma de Guadalajara, no México.
Segundo o professor Heitor Gurgulino, hoje mais de quatro milhões de alunos estudam fora de seu país, “e o Brasil pode e deveria receber mais estudantes estrangeiros”. Heitor Gurgulino destacou ainda que os Estados Unidos são os que mais recebem estudantes e a China é o que mais manda estudantes estudar fora.
O presidente da Frente da Educação, deputado Alex Canziani (PTB-PR), ressalta que o Parlamento trabalha pela globalização do ensino superior. “A Câmara tem apoiado programas como o ‘Ciência sem Fronteiras’ porque acreditamos que a internacionalização do ensino superior é um caminho importante e necessário para que tenhamos alunos melhores preparados para mercado de trabalho. O aluno que estudou fora do país tem um currículo diferenciado. Ele fala outra língua e adquire experiência em contato com outra cultura e costumes, o que vai auxiliá-lo por toda vida”, reiterou o deputado da educação.
Atualmente cerca de 30 mil estudantes brasileiros estão estudando fora do país. O programa ‘Ciência sem Fronteiras’ enviou mais de 70 mil estudantes brasileiros ao exterior nos últimos dois anos. A meta do governo é mandar 100 mil até o final de 2015.