Deputado critica atual modelo de ensino médio

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados criada para estudar a reformulação do Ensino Médio realizou ontem um seminário nacional para debater propostas para mudanças no ensino brasileiro. O evento, que contou com a presença do ministro da Educação, Aloízio Mercadante, discutiu temas como o currículo e as diretrizes curriculares, integração do ensino médio com educação profissional, formação de professores e gestores, condições de oferta do ensino médio e infraestrutura, instrumentos de avaliação e os relatórios dos Seminários Estaduais.
O presidente da Frente Parlamentar do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR), também é um critico do atual modelo do ensino médio. “O grande gargalo da educação hoje é o ensino médio. Nós temos uma grande evasão de alunos e muitos jovens nem chegam nesta fase dos seus estudos”, salienta o parlamentar paranaense.
Canziani destaca o trabalho da Comissão Especial para a reforma do ensino médio: “Durante mais de um ano ouvimos especialistas em educação para discutir ideias para mudarmos este nível de ensino, e neste seminário estamos ouvindo mais especialistas e autoridades no assunto. Depois vamos elaborar uma proposta com as mudanças para entregarmos para o MEC”, afirmou.
O deputado também reitera que o currículo do ensino médio deve ter menos matérias. “Temos que enxugar o currículo, diminuir a quantidade de matérias menos matérias com mais aprofundamento nas mais relevantes”.
O deputado da educação também defendeu o uso das novas tecnologias nas salas de aula: “Também temos que aproximar os professores das novas tecnologias, porque ao alunos estão ligados nesses recursos. Aluno e professor precisam trabalhar em sintonia. Para tanto, devemos investir mais no professor e melhorar a remuneração deles”, salientou.
Ainda de acordo com deputado, o MEC deve apresentar, até o começo do ano que vem, as novas diretrizes para o ensino médio.
O seminário deu sequência aos debates com especialistas e autoridades, realizados desde 2012, com o objetivo de discutir propostas de melhoria. Durante este período foram promovidos seminários regionais e audiências públicas, na Câmara e nos Estados. Os relatórios obtidos serão utilizados na proposta legislativa para a reforma dos currículos e do próprio modelo do ensino.