EaD contribui para inclusão educacional, diz dirigente

A educação à distância contribui para o ingresso dos menos favorecidos pelo sistema de ensino brasileiro. Pelo menos é o que pensa o conselheiro de Ética da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e coordenador da área de Educação à Distância no Grupo Hoper Educacional, João Vianney, que esteve hoje de manhã ministrando o tema “Educação à Distância: Inclusão com Qualidade ou Precarização do Ensino Superior?” para o ciclo de palestras “Educação em Debate”, da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, em Brasília.
Ele destacou que atualmente mais de sete milhões de alunos estudam no ensino superior presencial e mais de um milhão através do sistema educacional à distância, o EaD. “A educação à distância é um fenômeno inclusivo na nossa sociedade”. Para Vianney, a grande vantagem da educação à distância é justamente a facilidade de alcançar os alunos que não podem ou que não têm condições de estar numa universidade presencial.
Ainda de acordo com o dirigente da ABED, muitas cidades brasileiras não têm uma faculdade. “Onde não temos uma faculdade presencial o ensino à distância torna-se quase que a única alternativa para que as pessoas possam fazer um curso universitário de qualidade, sem sair de casa”, reiterou. Ele também lembrou do problema do trânsito e violência nas cidades grandes, que também tornam o ensino à distância uma boa alternativa.
João Vianney disse ainda que algumas pesquisas mostram que os alunos do ensino à distância são – na maioria das vezes – mais cobrados do que aqueles que frequentam a sala de aula. Também destacou a facilidade hoje para acessar o conteúdo das aulas de ensino à distância, que pode ser feito até mesmo pelo telefone celular.
O presidente da Frente Parlamentar da Educação, deputado Alex Canziani (PTB-PR), que reiterou ser um entusiasta da educação à distância, destacou a relevância da modalidade de ensino para a sociedade. “A educação à distância vem avançando, mas temos que ampliar essa modalidade. Sabemos que muita gente não têm condições de fazer um curso presencial por conta do seu trabalho, vida pessoal e principalmente por causa da situação financeira.”
O deputado da educação vai trabalhar para ampliar este tipo de modalidade. “Temos que avançar ainda mais para aumentar o número de universidades que ofertam cursos à distância. Queremos esse avanço para o Brasil”, firmou o parlamentar paranaense.
No final da palestra, João Vianney cobrou dos deputados que aprovem projeto de lei garantindo o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação, para os estudantes do ensino à distância, que atualmente não dispõe desse recurso para poder financiar seus estudos.