Alunos saem da escola sem saber ler e escrever

Muitos alunos ainda saem da escola sem saber ler e escrever, os currículos são muito extensos, os professores são despreparados para sala de aula e não conseguem despertar o interesse do aluno. Este tipo de crítica, já consagrada no meio educacional brasileiro, é da secretária de Educação do município do Rio de Janeiro, Cláudia Costin, que esteve hoje de manhã em Brasília proferindo uma palestra para a Frente Parlamentar em Defesa da Educação do Congresso Nacional. “Falta aplicar uma avaliação consistente sobre os docentes e alunos”, emendou.
Segundo ela, a educação leva muito tempo para ser transformada. Claudia apontou alguns pontos ainda críticos na educação brasileira. “Somos a 6ª economia do mundo, mas ainda temos que avançar muito para conseguirmos alcançar uma educação de qualidade como de países que fizeram verdadeiras revoluções no ensino, como a Coréia do Sul.”
A secretária mencionou na palestra alguns pontos importantes que podem transformar a educação. “Temos que formular políticas para educação a partir dos problemas existentes previamente identificados. Temos que fixar metas e saber se as nossas crianças estão aprendendo”, destacou. “Também devemos envolver os pais no aprendizado. Precisamos monitorar e avaliar o aluno e não aprová-lo automaticamente, e necessitamos de um currículo nacional para todas as escolas. Um currículo claro, objetivo e com metas.”
A secretária salientou ainda que os professores precisam saber realmente o que vão ensinar nas salas de aula. “Também defendo que aluno permaneça em sala de aula por, pelo menos, sete horas, um tempo razoável para o melhor aprendizado”, destacou. Para ela, o processo de melhoria da qualidade da educação passa por estas diretrizes: “Não conseguiremos transformar a educação em tempo recorde, mas não podemos mais adiar essa transformação necessária”.
O presidente da Frente Parlamentar da Educação, deputado Alex Canziani (PTB-PR), reforça as propostas de Cláudia Costin. “Sou favorável à adoção de um currículo nacional para sabermos o que os alunos vão aprender na sala de aula. Atualmente cada escola tem um currículo, quando tem”, destacou o deputado da educação, que também é membro da Comissão de Educação da Câmara. “Temos que ter professores que incentivem os alunos, mas para isso precisamos de docentes que gostem de dar aula.” Canziani também defende o ensino em tempo integral.
A Frente Parlamentar da educação realiza uma palestra por mês para debater propostas sempre focando a implantação de uma educação com qualidade.