Deputado será relator do Pronatec

AssCom Alex Canziani
5 de Maio de 2011 - 12:07 h

 

O deputado paranaense Alex Canziani (PTB) será o relator do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Té;cnico e Emprego (Pronatec), do governo federal. O programa estabelece bolsas de estudo para a formação de mão de obra qualificada por meio de capacitação té;cnica e profissional.

Para Canziani, que é; vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, o projeto será importante porque dará oportunidade para os jovens se prepararem para o mercado de trabalho: “Avaliaremos a proposta do Executivo com bastante interesse, porque entendemos que realmente precisamos ajudar os jovens. Em princípio, acho a proposta do Pronatec bastante válida”, salientou o relator.

Com o programa, o Ministé;rio da Educação prevê investimentos de R$ 1 bilhão já neste ano. O governo promete ofertar, em quatro anos, 3,5 milhões de bolsas para jovens do ensino mé;dio, beneficiários do Bolsa Família e reincidentes do seguro-desemprego, alé;m de garantir que 8 milhões de pessoas tenham acesso à educação profissional de qualidade no País.

Segundo a presidente Dilma Rousseff, o governo pretende construir 197 escolas té;cnicas até; o final de 2014. Ela disse que é; preciso també;m a participação direta de agentes privados no desafio de aprimorar a qualificação profissional.

POUCOS SE FORMAM – Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008 demonstram que apenas 25,5% da população de jovens de 18 a 24 anos alcançam o ensino superior. Os cursos té;cnicos de nível mé;dio despontam, portanto, como alternativa de qualificação e inserção no mercado de trabalho para mais 74% desse contingente.

Pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou que ter formação profissional aumenta em 48% as chances de um indivíduo em idade ativa ingressar no mercado de trabalho. O estudo “A educação profissional e você no mercado de trabalho” també;m constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até; 12,94% mais altos e é; de 38% a probabilidade de se conseguir um trabalho com carteira assinada, em confronto com candidatos com escolaridade inferior.

A pesquisa da FGV reforça um estudo anterior, feito pelo MEC, com estudantes egressos da rede federal de educação profissional. O levantamento, divulgado em 2008, demonstrou a empregabilidade de 72% dos té;cnicos de nível mé;dio formados de 2003 a 2007 pelos institutos federais.

TRAMITAÇÃO – A proposta do Pronatec tramita em regime de urgência nas comissões de Trabalho, na Comissão de Educação e Comissão de Constituição e Justiça. Aprovado nestas instâncias, o projeto segue para votação em plenário.