O ministro da Educação, Fernando Haddad, irá à Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, na próxima quarta-feira, dia 17, para prestar esclarecimentos sobre as falhas cometidas no Exame Nacional do Ensino Mé;dio (Enem) realizado no início de novembro.

O Enem está suspenso – inclusive a divulgação dos gabaritos – por decisão liminar da Justiça Federal do Ceará. A medida foi tomada porque foram verificados erros de impressão no cartão de respostas (inversão dos cabeçalhos) e nas questões dos cadernos de prova da cor amarela.

O deputado Alex Canziani (PTB/PR), que tem uma forte atuação na área da educação, reconhece as falhas do Enem, mas defende a gestão de Fernando Haddad. “Não tenho procuração do ministro Fernando Haddad para defendê-lo, mas não posso deixar de destacar a execração que estão querendo fazer contra o Haddad, um dos ministros mais competentes deste Governo. Ele tem feito um grande trabalho pela educação brasileira. O Brasil vem avançando. Temos que melhorar, e muito, a qualidade da educação brasileira, mas Fernando Haddad tem tido uma postura muito competente e muito sé;ria”, disse.

Para Canziani, a vinda do ministro à Câmara é; importante para explicar os problemas, que na avaliação do deputado não foram tão graves. “Reconhecemos que esses problemas prejudicaram cerca de 2 mil alunos, num universo de mais de 3 milhões de alunos que fizeram as provas neste fim de semana. Ao todo, o Enem teve 4,6 milhões de inscrições neste ano. Poré;m, a abstenção foi de 27% no sábado e fechou o domingo em 29% – cerca de 3,3 milhões de alunos compareceram em 1.698 cidades do país.”

Para termos uma ideia da importância e relevância do exame, a previsão do MEC é; de que os inscritos no exame irão concorrer a 83 mil vagas em 83 instituições federais de ensino, por meio do Sisu (sistema que destina vagas em instituições federais apenas com base na nota do Enem). “Acho que o mais sensato e o mais correto seria esses alunos fazerem novamente as provas, permitindo a continuidade do exame, tão importante para a educação brasileira”, afirmou o parlamentar paranaense.