Ensino técnico à distância chega a 37 cidades

No embalo dos primeiros resultados do programa federal de ensino superior à distância, será lançado neste mês o sistema Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil), que prevê a implantação de cursos profissionalizantes de nível médio à distância em 37 cidades do Paraná.
Os cursos, gratuitos, poderão transformar a vida de até 9.250 estudantes. Inicialmente, 115 cidades se candidataram para receber os cursos. Os processos foram coordenados e encaminhados pela Secretaria de Estado da Educação. Os municípios selecionados receberão a visita de dois técnicos – um do Ministério da Educação (MEC) e outro da instituição que oferecerá o curso – para avaliar se a estrutura prometida no projeto está disponível, como salas de aula, televisores e computadores.
Cada cidade poderá receber até cinco cursos, com média de 50 vagas em cada. A Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) será responsável pelos cursos de Gestão Pública e Secretariado e seis dos campi da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) devem coordenar os cursos de Meio Ambiente, Informática e Eletrotécnica.
O sistema de seleção dos alunos ainda não foi aberto e será definido de acordo com critérios estabelecidos em cada instituição. A UTFPR vai oferecer apenas cursos para quem já concluiu o nível médio. Já a UFPR permitirá também a opção de conjugar ensino médio e profissionalizante no mesmo curso. O tempo de duração dos cursos depende da modalidade, mas geralmente é de um ou dois anos.
APOIO – A implantação do “e-Tec Brasil” no Paraná conta com o apoio do presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Profissional do Congresso Nacional, deputado federal Alex Canziani (PTB), qeu inclusive está gestionando a inclusão de mais municípios na fase posterior do projeto.
O programa tem como foco principal expandir e democratizar a oferta de formação técnica de nível médio, especialmente para o interior e a periferia das áreas metropolitanas. O investimento previsto é de R$ 75 milhões para a abertura de 50 mil vagas em todo o Brasil neste primeiro ano. O governo federal arca com as despesas de material didático impresso e virtual, com as bolsas para tutores e com o pagamento de professores. Estado e prefeituras se responsabilizam pela infra-estrutura local para receber os alunos.
O secretário nacional de Educação à distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, conta que o programa federal foi influenciado pelas experiências paranaenses. O trabalho já realizado pela Escola Técnica da UFPR impulsionou o projeto e as bases do programa foram definidas em um encontro realizado na UTFPR. Ele reconhece que, no momento, o projeto ainda está condicionado às possibilidades de oferta de cursos que cada universidade federal pode apresentar, mas ele acredita que o fortalecimento do e-Tec pode promover a abertura de cursos mais voltados à necessidade dos estudantes e das regiões. A proposta é otimizar toda a estrutura e o conhecimento que as universidades já dispõem e levar tudo isso para quem não pode ir até elas.
FORMAÇÃO TÉCNICA – Bielschowsky explica que a idéia é ampliar a possibilidade de oferta de formação técnica, levando opções para cidades pequenas e áreas onde o jovem esteja mais sujeito a riscos sociais. “Essa modalidade se desloca: oferece o curso de acordo com a demanda e depois leva a oportunidade para outro lugar”, ressalta.
O secretário destaca as potencialidades de desenvolvimento regional que o projeto pode propiciar a partir da capacitação de profissionais. Para os municípios não contemplados na primeira etapa, o secretário avisa que em breve mais localidades receberão os cursos.
Informações sobre o programa estão disponíveis no site www.etecbrasil.mec.gov.br
(GAZETA DO POVO E ASSESSORIA ALEX CANZIANI)