Educadores combatem a violência

AssCom Alex Canziani
3 de julho de 2007 - 10:00 h

Seqüestro de professores, escolas depredadas, ameaças, agressão entre alunos. Essas ocorrências fazem parte da realidade em diversas escolas públicas do Brasil, incluindo Londrina. Foi com objetivo de orientar os profissionais da educação sobre o assunto que o coordenador-geral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, do Ministério da Educação (MEC), Leandro Fialho, esteve em Londrina ontem. Ele proferiu uma palestra, no Auditório Filadélfia, aos educadores e outros profissionais ligados ao ensino público, sob a organização da Frente Parlamentar em Defesa de Novas Tecnologias Educacionais do Congresso Nacional, presidida pelo deputado paranaense Alex Canziani (PTB).

Fialho citou algumas experiências realizadas em diversos Estados que deram “ótimos resultados”. Segundo ele, para que essas experiências possam dar certo é de “fundamental importância” a sociedade civil agir em conjunto com outros órgãos, além do envolvimento do empresariado.

“A sociedade precisa se unir para combater a violência. Experiências nos mostram que onde existe a escola em período integral ou a escola aberta à comunidade, possibilitando oficinas culturais, esportivas e artísticas, há queda no índice de violência”, comentou.

O coordenador comentou sobre alguns programas articulados pelo Governo Federal que possibilitam a queda do índice de violência. Além do “Escola que Protege”, já implantado em Curitiba e Foz do Iguaçu, outros projetos como Cultura de Paz, Escola Aberta, Escola Integral e Integrada já apresentaram resultados positivos. “Em Curitiba e Foz, professores são capacitados para, através de atividades práticas, identificar sinais de violência nos alunos. Já percebemos um significativo aumento no número de denúncias. Em Belo Horizonte, escolas abrem suas portas nos finais de semana para oficinas e têm nos trazido experiências maravilhosas”, comentou. Ainda segundo Fialho, o MEC está disposto a patrocinar esse tipo de projeto e conta com um investimento de cerca de R$ 50 milhões para os municípios que tiverem interesse.

Outra informação que Fialho considera importante para os educadores é com relação ao “bullying”, um termo de origem inglesa utilizado para descrever violência física ou psicológica. “São piadas e palavrões contra alunos que são ditos diferentes, como os afro-asiáticos, estrangeiros, pessoas gordinhas ou que falam com sotaque diferente. Isso tudo pode ser identificado pelo professor que tem condições de mudar esse quadro. É o que queremos que aconteça, para que o ser humano volte à convivência normal em sociedade”.

(FOLHA DE LONDRINA)