Violência nas escolas será tema de palestra

AssCom Alex Canziani
26 de junho de 2007 - 15:24 h

 

Os educadores também podem contribuir, e bastante, para a redução dos casos de violência dentro das escolas, não cabendo esta problemática apenas aos órgãos e instituições de segurança. É o que pensa o coordenador-geral de Ações Educacionais Complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), professor Leandro da Costa Fialho, do Ministério da Educação, que estará em Londrina na próxima segunda-feira para proferir uma palestra sobre o projeto “Escola que Protege”, do MEC.

O projeto tem em sua estrutura um curso para a formação de educadores, onde são oferecidos subsídios para professores e demais profissionais da Educação atuarem no enfrentamento à violências contra crianças e adolescentes.

O evento, gratuito, acontece a partir das 8h30 e é voltado para diretores, alunos e professores das redes públicas de ensino (estadual e municipal). Será realizado no Auditório Filadélfia (antiga Fundação Carambeí), localizado na Avenida Salgado Filho, 1200, Jardim Califórnia. A promoção é da Frente Parlamentar pelas Novas Tecnologias Educacionais do Congresso Nacional, presidida pelo deputado paranaense Alex Canziani (PTB).

DESRESPEITO – A violência contra crianças e adolescentes se apresenta como uma das piores formas de desrespeito a seres humanos em condição peculiar de crescimento e desenvolvimento – explica Leandro Fialho. “A violência urbana, institucional e familiar, em suas diversas formas de manifestação, tem sido invariavelmente compreendida pelos estudiosos e pesquisadores como um fenômeno de alta complexidade.” Conforme disse, um dos aspectos mais influenciados pela violência dentro da escola é a auto-estima dos alunos: “Os preconceitos racial e sexual infelizmente também são evidenciados”.

Para o técnico do MEC, o combate à violência dentro das escolas deve ser feito através da execução de políticas intersetoriais multidisciplinares, das quais participariam, entre outras, a Educação, Saúde, Assistência Social, sociedade civil “e até a promotoria pública”. Não dá para enfrentar a violência – diz ele – através apenas de uma esfera ou um segmento do Poder.

O projeto Escola que Protege é realizado desde outubro 2004 e até agora está sendo aplicado em 94 municípios de 17 estados. O Paraná foi incluído no ano passado (Curitiba e Foz do Iguaçu), através da Universidade Federal (UFPR). “Podemos expandir o programa, mas isso também depende de uma importante ação política que precisa ser realizada”, explica o coordenador-geral do Secad/MEC, que também pretende mostrar, em sua palestra, os resultados já obtidos em outras localidades.

QUEM É – Leandro Fialho está no Ministério da Educação desde de 2002, e hoje é coordenador-geral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Na secretaria, onde está há três anos, implementou e coordenou o projeto “Escola que Protege”.

No MEC, também desempenhou funções, durante dois anos, na Secretaria de Educação Especial.

Atualmente, Fialho é coordenador do projeto “Mais Escola”, do MEC, e é membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti) e da Comissão Intersetorial de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Criança se Adolescentes.