Estádio do Café é trunfo dos londrinenses

O Estádio do Café, apesar dos seus 30.790 lugares numerados, de acordo com contagem feita no ano passado pela FEL – a capacidade mínima para os estádios da Copa deverá ser de 40 mil lugares – é apontado também como um trunfo pelas lideranças londrinenses. O presidente do LEC, Peter Silva, disse em uma das reuniões que umas das exigências da Fifa para que um estádio possa receber jogos seria contar com estacionamento de 14 mil vagas.
Este, aliás, seria um dos motivos que colocariam o Estádio do Morumbi fora da briga. No começo da semana, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, praticamente descartou e estádio do Tricolor paulista. ”O Morumbi está situado em uma das áreas mais valorizadas de São Paulo e não tem espaço para estacionamento”, declarou Teixeira que, por outro lado, rasgou elogios ao Mineirão, em Belo Horizonte, que estaria praticamente certo como uma das subsedes.
Desconsideradas as outras exigências para os estádios, que só serão conhecidas em março – quando a CBF receberá da Fifa o Caderno de Encargos que precisará ser cumprido para que um país possa receber o Mundial – o Estádio do Café, em Londrina, ao menos estaria dentro de algumas recomendações. ”Se um estádio precisa ter 14 mil vagas de estacionamento, temos como acomodar todas as pessoas num mesmo complexo esportivo, já que temos 5 mil vagas no estacionamento oficial do Café e utilizaríamos também as dependências do autódromo e do kartódromo para tal fim”, comentou Frisselli.
Outras vantagens do Café, segundo o presidente da FEL, são o fácil acesso por avenidas, a proximidade do Centro (4 km), a quantidade de guichês nas bilheterias e os quatro vestiários para as equipes. ”Com quatro vestiários, podemos fazer rodadas duplas, pois comportam quatro equipes”, discursou.
Peter Silva, procurado ontem antes da reunião na FPF, preferiu não tecer comentários em relação à ”candidatura” de Londrina: ”Qualquer coisa dita prematuramente pode atrapalhar o encaminhamento. Afinal, são 27 federações e governantes de Estados interessados em receber jogos, e entre as cidades a briga também será grande”.
(FOLHA DE LONDRINA)