Gigantes apresentam Cidade Digital

Representante de sete gigantes da área de informática e de tecnologia da informação do país, duas universidades federais e uma entidade de classe, estiveram nesta sexta-feira, em Santa Cecília do Pavão (Norte do Paraná), apresentando as operações iniciais do projeto “Santa Cecília do Pavão: Cidade Digital“. A proposta, idealizada pelo deputado federal Alex Canziani e que conta com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, é inserir a cidade em todos os processos de informatização e informação, em benefício dos órgãos e poderes públicos, empresas, indústrias e da própria comunidade. Com este projeto piloto, Santa Cecília quer se tornar referência nacional no processo de inclusão digital.
IDH – Para executar o projeto foram arregimentadas as empresas Aker, D-Link, Gelt Tecnologia, Avaya, Impsat, Oracle, Serpro, a Associação dos Notários e Registradores do Brasil, e ainda a Universidade Federal do Paraná e a Universidade Tecnológica Federal.
A pretensão inicial – diz o deputado Canziani – é promover e colocar o município entre os cem melhores do Paraná no próximo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Santa Cecília, com 4 mil habitantes, tem um dos mais baixos IDH do Paraná, ocupando a posição 290 dentre os 399 do Estado. No país, a cidade está na posição 2.763 dentre os 5.507 municípios brasileiros.
Outro motivo que levou a inclusão do projeto em Santa Cecília, ressalta o parlamentar, é a questão educacional. O analfabetismo local chega a 28,9% entre a população adulta acima de 25 anos de idade. Todos os dados são do ano 2000 e constam do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, estudo realizado pelo Ministério do Planejamento.
INTEGRAÇÃO – Dentro do processo, prevê-se a informatização e integração de todos os órgãos e prédios públicos, incluindo biblioteca, posto de saúde e escolas. Na primeira etapa entraram a biblioteca, duas escolas e uma creche municipal. Quatro torres especiais para a emissão e distribuição dos sinais digitais e de dados foram instaladas no perímetro urbano da cidade.
Numa etapa posterior, será erguido um “Coreto Digital”, onde todas as pessoas poderão usufruir de terminais de computador para realizar diferentes consultas, inclusive pela internet. A própria Prefeitura deverá oferecer atendimento especial na prestação de serviço público via rede. Na seqüência, será feito um trabalho para que cada professor da cidade também tenha um terminal pessoal.
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) doou os primeiros vinte computadores para iniciar o projeto, e a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), por sua vez, vai iniciar um serviço de registro que possibilitará a cada cidadão, inclusive os recém-nascidos, ter o seu endereço eletrônico.
A fase inicial do projeto está sendo implantada agora, e em breve será estendido aos próprios residentes.
EMPRESAS BANCAM – O custo global do Cidade Digital ainda não foi mensurado, mas não implicará em despesas substanciais para os cofres municipais. As empresas parceiras, que reuniram-se numa espécie de “pool” informal, vão assumir os custos de praticamente todo o projeto.
Veja aqui o que já saiu sobre o projeto “Cidade Digital”.