UTF: dinheiro japonês ainda é esperado

AssCom Alex Canziani
10 de Fevereiro de 2006 - 19:58 h

Em uma reunião no último dia 3, o Conselho Universitário da Universidade Tecnológica Federal (UTF) do Paraná aprovou a implantação do campus da unidade em Londrina. Depois de oito meses de especulações e discussões, o projeto ganha forma e agora pode dar início aos trâmites legais como a aprovação do Ministério da Educação, que fará uma liberação inicial de verbas (prevista para R$ 3 milhões).

O reitor da UTF, Eden Januário Netto, esteve em Londrina e avaliou o terreno do novo campus, localizado na estrada dos Pioneiros (saída para Ibiporã). Com uma extensão de 72 mil metros quadrados, a unidade terá inicialmente dois blocos para salas de aula e laboratórios, espaço para biblioteca e setor administrativo. A obra tem orçamento de aproximadamente R$ 8 milhões, sendo que R$ 4,5 milhões são destinados à construção do campus e o restante previsto para compra de equipamentos e instalação dos laboratórios.

Com a aprovação, as negociações referentes à possível doação do governo japonês (anunciada no ano passado) foram retomadas e, segundo o deputado federal Alex Canziani, o trâmite para conseguir os recursos já está bem encaminhado. “Temos até março para analisar e apresentar este projeto, com um pedido de doação, à Agência Brasileira de Cooperação, subordinada ao Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty. Estamos bem adiantados em relação a isso, já que o objetivo é as comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil”, relata o deputado. O ex-deputado Antonio Ueno acrescenta possíveis valores da doação, que hoje estariam em torno de US$ 10 milhões. “Queremos do governo japonês uma cooperação técnica e financeira para a compra de equipamentos e laboratório”, enfatiza.

Uma comitiva composta pelos dois deputados e o diretor de turismo da Codel, Luis Carlos Adati, foi a Brasília solicitar orientações ao Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty, para que não haja falhas no projeto. “Nosso pedido é de apoio ao governo japonês e também um presente para o Brasil, em comemoração ao IMIN 100”, destaca Canziani.

Enquanto as obras não ficam prontas, a prefeitura ofereceu um local provisório para uso da universidade em até dois anos, já que o processo de licitação para compra de materiais e as obras podem atrasar o início das aulas, previsto para o primeiro semestre de 2007. O curso ofertado será o de Tecnologia em Alimentos.

Depois de aprovada a área e a implantação da universidade, os trabalhos agora são de desapropriação do local e negociação com os proprietários que, segundo o vice-prefeito de Londrina, Luís Fernando Pinto Dias, está em sua fase final. Ainda falta a autorização legislativa para a doação do terreno à Universidade, que será aprovado na Câmara dos vereadores.

(TEXTO: Paraná Shimbun)