O Ministério da Educação confirmou a construção de uma unidade de ensino descentralizada (UNED) do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) em Londrina. A informação partiu do secretário Antonio Ibañez Ruiz, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério, em audiência realizada na manhã de hoje, em Brasília, com o presidente da Frente Parlamentar para a Educação Profissional do Congresso Nacional, deputado paranaense Alex Canziani (PTB). O prazo para a execução do projeto, porém, ainda não foi definido, mas deverá acontecer a tempo das comemorações dos 100 anos da imigração japonesa, em 2008.

“É uma luta antiga que deverá realmente ser concretizada”, afirma Canziani, salientando que a verba para a implantação da escola já está sendo negociada.

De acordo com o deputado, as tratativas envolvem inclusive o Governo japonês. A proposta é que a unidade londrinense tenha parte do seu financiamento arcada por aquele governo, através da Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão.

DINHEIRO JAPONÊS – A escola, que atuaria prioritariamente na área tecnológica e se chamaria “UNED Londrina Brasil-Japão”, custaria R$ 63 milhões, dos quais R$ 59 milhões por parte dos japoneses. Aquele Governo entraria com os curso das obras, equipamentos e implementação. Já o Governo brasileiro repassaria outros R$ 1,5 milhão para a manutenção, enquanto a Prefeitura viabilizaria um imóvel apropriado para o projeto, em torno de R$ 2,5 milhões.

A unidade do Cefet de Londrina atuaria no sentido de atender à demanda do setor produtivo da região, onde predominam setores como o eletroeletrônico, fármaco-químicos, alimentos, matal-mecânico e têxtil. Também focaria as áreas de ciência ambiental, gestão empresarial e alimentos.

Num primeiro momento, a UNED Londrina teria 40 professores, 17 técnicos de nível superior e 41 de nível médio. A expectativa é de que a escola inicie suas atividades oferecendo cinco cursos superiores e atenda, inicialmente, 1.800 alunos no período de integralização dos currículos.

A Setec pretende, no todo, implantar 25 unidades de ensino centralizadas do Cefet em todo o país, além de três escolas técnicas e quatro escolas agrotécnicas federais.