As crianças do Centro de Educação Infantil Haydé Colli Monteiro, no Jardim do Sol, Zona Oeste de Londrina, serão as primeiras a serem beneficiadas pelo Projeto Escola Livre de Música. ”Enquanto as instalações da escola não ficam prontas vamos iniciar as aulas de musicalização para os alunos da creche”, disse uma das fundadoras do projeto, Hylea Regina Côrtes Ferraz. Criada oficialmente em 2002 por vários músicos da cidade, a Escola Livre só deve começar a funcionar por completo no próximo semestre. ”Estávamos fazendo toda a parte burocrática e buscando os patrocínios para que a escola começasse com tudo certo”, explica Hylea. A primeira unidade do projeto será instalada no antigo posto de saúde da creche Haydé Colli Monteiro, por meio de um contrato de comodato. O local passará por reformas, terá alarmes e deverá ficar pronto em junho. Segundo Hylea, após a obra ter sido concluída a escola poderá atender 40 crianças carentes do Jardim do Sol, entre 8 e 14 anos. Os primeiros cursos serão banda e coral. De acordo com os objetivos do projeto, a escola pretende viabilizar o acesso a uma formação musical de qualidade, levando informação e cultura para classes sociais menos privilegiadas. ”Os nossos advogados já estão elaborando critérios para seleção”, declara Hylea. A escola só atenderá moradores do Jardim do Sol. Enquanto a estrutura não fica pronta, alguns professores já iniciarão o processo de musicalização de bebês da creche no próximo mês. ”Esta primeira etapa é de sensibilização. Os instrumentos usados serão sininhos, clavas e chocalhos”, detalha Hylea. As aulas serão nas salas de aula instituição. Além da reforma, que foi patrocinada em parte pelo deputado federal Alex Canziani (PTB), a escola vai precisar de instrumentos como trambone, piano, violão, entre outros. ”Primeiro queremos ter o local para depois começar pedir os instrumentos”, afirma a fundadora. Porém, quem quiser se adiantar e doar algum objeto pode ligar para o Conservatório de Londrina (3322-1546). Computadores e móveis de escritório também serão necessários para a finalização do projeto. ”Os fundadores são todos voluntários, mas os professores vão ser remunerados”, explica. Por isso, Hylea também deverá requisitar ajuda de empresas que poderão ter seus nomes associados ao projeto. (FOLHA DE LONDRINA, 28/03/2005)