Professor condena ‘decoreba’ em sala de aula

AssCom Alex Canziani
29 de outubro de 2013 - 08:27 h

Dentre tantos problemas enfrentados pela educação brasileira, um em especial chama a atenção de segmentos de educadores e professores: a forma como o conteúdo didático &eacute repassado aos alunos. “O professor precisa ajudar a formar gestores de informações, e não formar meros acumuladores de dados”. Quem diz &eacute o professor brasiliense Vasco Moretto, mestre em Didática das Ciências pela Universidade Laval (Qu&eacutebec/Canadá) e autor de livros na área. Ele condena o uso do decorar, ou “decoreba”, que &eacute pregado nas salas de aula.

Licenciado em Física pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Avaliação Institucional pela Universidade Católica de Brasília (UCB), Moretto esteve ontem à noite em Londrina proferindo a palestra “Desempenho Escolar Focado nas Competências e Habilidades”, a convite do presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR). O professor participou de mais uma etapa do ciclo de palestras “Educação em Debate”, promovido regularmente pela frente, de forma itinerante.

No evento, à noite, o auditório do Centro de Adoração da Igreja Presbiteriana Central de Londrina recebeu 270 pessoas, entre professores, diretores de escola e educadores, entre outros. Muitos se empolgaram com a palestra.

Para o professor Vasco Moretto, o professor que tem habilidades profissionais nem sempre quer dizer que tem competência. “Competência &eacute a capacidade de um sujeito mobilizar recursos visando resolver situações complexas”, salienta. “De acordo com Edgard Morin, chamamos situações complexas aquelas cuja solução exige que vários recursos sejam mobilizados ao mesmo tempo.” Já a habilidade segue outra vertente: “O professor habilidoso sabe fazer, o professor competente sabe agir”.

Neste contexto, o professor define o papel do educador: aquele que prepara as melhores condições para o desenvolvimento de competências não apenas transmite informações isoladas mas apresenta conhecimentos contextualizados, “usa estrat&eacutegias para o desenvolvimento de habilidades específicas, utiliza linguagem adequada e contextualizada, respeita valores culturais e ajuda a administrar o emocional do aprendiz”.

Quando se trata da educação infantil, Moretto vai al&eacutem e diz que muitos professores pecam porque ensinam seus alunos utilizando conteúdos abstratos, sendo que a criança está sintonizada no concreto.

Para o presidente da Frente da Educação, Alex Canziani, a palestra de Vasco Moretto foi importante porque jogou luz sobre as ações da classe educacional: “Informações deste tipo são muito úteis e nos ajudam a refletir e, inclusive, a repensar como estamos lidando com os alunos em sala de aula”, salienta o deputado da educação.

A palestra foi realizada numa parceria com a UniFil e com a Igreja Presbiteriana Central, com o apoio da Prefeitura, Núcleo Regional de Educação, Col&eacutegio Londrinense e Futuro Eventos, de Pinhais.