Tempo integral melhora qualidade na educação, diz deputado

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou esta semana, em Brasília, o Seminário Internacional sobre Educação em Tempo Integral, com a apresentação de experiências nacionais e internacionais sobre o tema. O evento reuniu autoridades da área de ensino no Brasil e de países como Portugal, Espanha e França.
O presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR), dá o tom do seminário sobre educação em tempo integral. “Um dos caminhos por uma educação de qualidade é a educação em tempo integral, que será uma mudança fundamental para o futuro do país. Estudos mostram que os países que se destacam em educação de qualidade têm ensino em tempo integral”, destacou o parlamentar paranaense.
Canziani resume os trabalhos do seminário: “Durante o seminário ouvimos especialistas em educação do Brasil e de vários países, que nos apresentaram propostas para educação em tempo integral. Depois devemos elaborar essas propostas para colocarmos em prática”.
O deputado da Educação também falou sobre as futuras escolas de educação integral, inclusive sobre o que poderão oferecer, “inclusive com espaços para música, teatro, dança e esportes. Devemos levar essas instituições para todo o Brasil, principalmente nas comunidades mais carentes”.
Ainda de acordo com o deputado, o professor deverá ser valorizado com a implantação do novo sistema. “Temos que usar os recursos dos royalties para valorização da carreira do professor. Nossos mestres têm que ser bem remunerados e muito bem preparados para o ensino integral.” Ele disse ainda que o governo precisa melhorar a infraestrutura das escolas.
A secretária de Educação Continuada do Ministério da Educação, Javaé Evaristo dos Santos, afirmou que vários municípios já aderiram ao “Mais Educação”, que é um programa indutor da educação em tempo integral. Já são 30 mil escolas que contam com recursos do programa.
Ainda de acordo com a secretária, a prioridade do MEC é garantir educação em tempo integral para todos. Os recursos para a ampliação do TI viriam dos 10% do PIB para o setor de ensino, previstos no projeto do Plano Nacional de Educação (PNE), já aprovado na Câmara dos Deputados e atualmente em análise no Senado. Até 2020, o governo tem como meta oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas do ensino básico e atender 25% dos estudantes.