Alex propõe que deputados ajudem Projeto Rondon

O presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB-PR), lançou hoje o desafio para que parlamentares destinem emendas no Orçamento ao Projeto Rondon para realizar em 2017, ano do seu cinquentenário, um número recorde de operações. O apelo saiu da palestra “Projeto Rondon”, promovida dentro do ciclo de palestras “Educação em Debate”, da Frente Parlamentar com a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Por causa das restrições orçamentárias, o Projeto Rondon vem reduzindo nos últimos anos o número de municípios e estudantes atendidos. Em 2011 foram 2.860 rondonistas e 141 cidades beneficiadas. Este ano, o Projeto Rondon contará com apenas 609 participantes e 29 municípios visitados.
O Projeto Rondon foi o tema do ciclo de palestras Educação em Debate realizado na Câmara dos Deputados, com apresentação do gerente do programa coronel Alexander Fortes do Nascimento e com o secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa. Tenente Brigadeiro Ricardo Vieira.
CIDADANIA – O coronel Alexander Fortes explicou que o projeto é uma ferramenta para o desenvolvimento do país e o fortalecimento da cidadania do estudante universitário, contribuindo com o desenvolvimento sustentável, o bem-estar social e a qualidade de vida nas comunidades carentes.
“Além de desenvolver no estudante universitário sentimentos de responsabilidade social, espírito crítico e patriotismo, o Projeto Rondon contribui para o intercâmbio de conhecimentos entre as instituições de ensino superior, governos locais e lideranças comunitárias”, sustentou Fortes.
O programa acontece sempre nas férias escolares – janeiro, fevereiro e julho, durante duas semanas –, sendo que as equipes contam com oito estudantes (na segunda metade do curso) e dois professores (cada município recebe duas equipes). “Enquanto realiza um trabalho voluntário em benefício das comunidades, os rondonistas têm oportunidade de conhecer diferentes realidades físicas, sociais e culturais do Brasil; desenvolver suas habilidades acadêmicas; exercitar a cidadania; e assumir um compromisso social”, explicou o gerente do projeto.
As equipes são distribuídas em três áreas de conhecimento: A – Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúd B – Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho; C – comunicação social (responsáveis de registrar as atividades desenvolvidas).
CARÁTER EDUCATIVO – Segundo o representante do Ministério da Defesa, o Projeto Rondon não tem caráter assistencialista, mas educativo. Ele pediu apoio dos congressistas para ampliar atuação do programa, dando oportunidade aos nossos estudantes de conhecerem melhor o País e terem uma visão mais abrangente da realidade dos nossos problemas.
Presente à palestra, o professor de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, André Silva Carissimi, que já participou do Projeto Rondon, disse que o desafio das escolas não é formar técnicos, mas formar cidadãos, e que a iniciativa permite uma formação humanista dos seus participantes.
A consultora legislativa Maria Aparecida Andrés acrescentou que o projeto foi pioneiro na criação de oportunidades de mobilidade estudantil e docente para regiões diferentes de sua base.
Ao final do encontro, o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), que é vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara, presenteou a equipe do Projeto Rondon com um uma publicação do Instituto Fundação Getúlio Vargas sobre o Marechal Rondon, militar que inspirou a criação do programa.